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Zé Gerardo se filia ao PDT nesta sexta (12) e se lança como pré-candidato à Prefeitura de Caucaia

Bruno Leite, Ingrid Campos / DIARIONORDESTE

 

Ex-prefeito de Caucaia, Zé Gerardo Arruda se filiou ao PDT nesta sexta-feira (12) e se colocou como pré-candidato do partido à prefeitura nas eleições de outubro. Levou junto para a agremiação a esposa Inês Arruda, também ex-prefeita, e a filha Livia Arruda. O ex-gestor revelou ao Diário do Nordeste que o convencimento para a empreitada partiu do ex-governador Ciro Gomes (PDT), que apresentou pesquisas internas envolvendo o nome dele.

Na quarta-feira (10), Zé Gerardo esteve com o presidente nacional pedetista, André Figueiredo, e o presidente do diretório de Fortaleza, Roberto Cláudio, conversando sobre eleições. Já nesta sexta, ele já fala como pré-candidato e fez críticas às últimas gestões no município.

"São mais de 20 anos na política cearense, então a gente tem um pouco de experiência, e eu fui devagarinho, conversando com um e outro, tentando fazer com que a política de Caucaia, que eu conheço muito bem, voltasse à condição de ter um caucaiense no poder", comentou. 

Além disso, revelou um acordo com a deputada Emilia Pessoa (PSDB) e o vice-prefeito Deuzinho Filho (União), ambos pré-candidatos no município, para a congregação de forças na disputa.

"Num primeiro momento, quem passar para o segundo turno, um apoia o outro. Num segundo momento, a gente estaria vendo quem ganha a eleição no primeiro turno, a gente vai para cima e tenta ganhar a eleição no primeiro turno", explicou.

Em 2020, Gerardo Arruda chegou a concorrer à Prefeitura pelo MDB, mas retirou o seu nome da disputa para apoiar o então prefeito Naumi Amorim (PSD), que recebia apoio do PDT e foi derrotado por Vitor Valim. 

Zé Gerardo ainda vai ficar responsável por dialogar com lideranças do Vale do Curu e do Vale do Jaguaribe para fortalecer o PDT nessas regiões.

Alckmin de Boulos

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Se levada a sério a versão petista de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe, Marta Suplicy, que agora retorna ao partido, esteve entre os golpistas de 2016.

Entretanto essa reviravolta não chega a causar espanto, dado que outro apoiador da deposição da ex-presidente, Geraldo Alckmin (PSB e ex-arquirrival tucano), hoje é nada menos que o vice de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o convite a Marta para compor a chapa de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura paulistana, Lula repete com o aliado o movimento que já fez mais de uma vez para suavizar a própria imagem e atrair eleitores moderados. Nessas ocasiões, o cálculo do cacique sempre prevalece sobre a cantilena dos liderados.

Boulos, que despontou na vida pública como apoiador de invasões de imóveis urbanos no Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), tornou-se a principal esperança da esquerda para retomar o comando da maior metrópole do país —cujo eleitorado, nos últimos dois pleitos, preferiu opções entre o centro e a direita.

Derrotado no segundo turno em 2020 e hoje deputado federal, ele tem se esforçado em evitar mostras de radicalismo. Nem sempre o faz de forma convincente, porém.

Mais recentemente, desgastou-se ao hesitar na condenação do Hamas pelo ataque terrorista a Israel, o que o levou a fazer um segundo discurso na Câmara para retificar seu posicionamento. Também teve de deixar de lado a defesa pública das greves de metroviários que atormentaram São Paulo.

Com origem na elite paulistana, passagem pelo MDB e, até terça (9), participação na gestão do prefeito emedebista Ricardo Nunes, Marta Suplicy proporciona o contraste planejado por Lula. Ademais, ex-ministra e ex-prefeita com aprovação em redutos relevantes da cidade, junta à chapa experiência administrativa que falta a Boulos.

Não há como prever o quanto isso resultará em votos, mas parece lógico supor que o candidato do PSOL pouco ou nada ganharia com um vice de perfil similar ao seu.

Mais incerto ainda —e mais importante— é o que a adesão poderá significar em termos programáticos. A busca por moderação e novas ideias se estenderá, em caso de vitória, às ações da prefeitura?

Nem o governo Lula oferece até aqui resposta clara a essa questão. O presidente demonstra compreender seus limites políticos e a necessidade de negociação com outras forças, mas iniciativas suas e a conduta de seu partido revelam o apego a teses que já deveriam ter sido sepultadas pelo aprendizado.

 

Eleições municipais devem manter polarização

Por Merval Pereira / O GLOBO

 

A chapa Boulos/Marta Suplicy para a prefeitura de São Paulo é uma chapa petista, quase puro-sangue. O PSOL ainda não tem vida própria para impor candidato. É Guilherme Boulos que tem luz própria, em que partido estiver e poderia estar no PT. E Marta nunca deixou de ser petista.

 

Embora tenha rompido com o partido em algum momento, não tem identificação com nenhum outro. Não há nada que faça com que esta chapa seja de esquerda, com vice de centro, ou de centro-esquerda.

 

É uma chapa puro-sangue que pode atrapalhar, porque o eleitorado paulista não é muito petista. Quando ganhou, foi pelo nome do candidato. A disputa vai ser entre Bolsonaro e PT, independe do candidato. Com a ida de Martha para o PT, não sobrou espaço para outra candidatura. Tabata é uma candidata que tenta entrar pelo centro e ser a razão da despolarização, mas não tem força política para tal. É uma grande figura nova da política brasileira, mas ainda não tem força para quebrar a polarização.

 

E em muitas partes do país, a disputa será mesmo entre PT e Bolsonaro. Teremos ao final da eleição municipal um quadro bastante claro para onde as forças políticas estarão caminhando em 2026.

 

No Rio, Eduardo Paes tem vantagem pela história dele, e terá apoio da esquerda – o governador Claudio Castro está cada vez mais indo para o lado de Bolsonaro e seu candidato representará o polo da direita bolsonarista. Ramagem, candidato de Bolsonaro não parece ter muita força e pode ficar mais enfraquecido caso Castro apresente outro candidato. Se aderir a Ramagem, pode ser que a polarização ganhe novas dimensões.

Vazio petista

Por Notas & Informações / O ESTADÃO DE SP

 

Noves fora o jogo fluido das articulações partidárias em períodos pré-eleitorais, o retorno da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT e a indicação que será ela a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo escancaram algo muito mais relevante e sombrio do que a euforia lulopetista deu a entender ao anunciá-la: o esvaziamento do partido no Estado e na cidade em que nasceu, há mais de 40 anos.

 

Oficialmente não há grandes razões para desabonar o entusiasmo do comando do PT, ao tirar tanto do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), quanto de uma candidata oposicionista como Tabata Amaral (PSB) a possibilidade de ter Marta Suplicy como aliada ou parceira de chapa. Só oficialmente. Na prática, ainda que a escolha possa gerar dividendos eleitorais, a decisão decorre justamente do estado de terra arrasada de nomes, projetos e relevância que vive o petismo em São Paulo.

 

Sem nomes fortes e sem chances, o PT fez valer o pragmatismo eleitoral. Primeiro, abriu mão da cabeça de chapa numa eleição-chave, algo inédito para um partido que costuma engolir aliados com a facilidade de quem acredita nas próprias virtudes acima de todas as coisas. Ademais, Marta há muito tempo não faz parte do DNA petista, e até esta semana era auxiliar do principal adversário do partido em São Paulo, o que lhe ampliava as resistências internas. Com risco de mais um fracasso iminente, o presidente Lula da Silva passou por cima dos dirigentes paulistanos e recorreu a um nome que até aqui parecia persona non grata, uma vez que Marta é tida por muitos dentro do partido como traidora ao desembarcar do PT e do apoio a Dilma Rousseff durante o impeachment da presidente.

 

É de um tempo distante a ideia de um PT nascido, crescido e fortalecido em São Paulo. O partido que foi formalizado em 1980 em evento no Colégio Sion, na região central da capital, hoje se encontra esvaziado pelas próprias fragilidades na sua terra de origem. Vácuo de nomes com capacidade de obter votos, desgaste de militantes históricos, saída de cena de outros (muitos dos quais flagrados em malfeitos), encastelamento da burocracia, perpetuação de lideranças que inibem a devida oxigenação, baixa popularidade em regiões periféricas da cidade e uma coleção de derrotas eleitorais significativas no Estado se somam a um problema ainda mais grave: a incapacidade de seu líder maior, o presidente Lula da Silva, de abrir espaço para nomes fortes e independentes.

 

Desse vício de origem nasce a palidez de nomes, que não se restringe a São Paulo. O partido enfrenta problemas similares no Rio de Janeiro, por exemplo. Mas em São Paulo o PT chegou a eleger 70 prefeitos em 2012, caiu para 8 em 2016 e apenas 4 em 2020. A bancada de deputados estaduais conseguiu crescer em 2022, na esteira da vitória de Lula nas eleições presidenciais. A de federais passou de 8 para 11. Mas, se há uma certeza no partido, é a inexistência de nomes fortes e viáveis a voos mais altos – exceção talvez a Fernando Haddad, embora não se possa dizer que seja exatamente um vitorioso nas ruas, depois de três derrotas consecutivas.

Prefeito de Caucaia, Vitor Valim desiste de tentar reeleição em outubro

Ingrid Campos / DIARIONORDESTE

 

Durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, nesta segunda-feira (8), o prefeito de Caucaia, Vitor Valim (PSB), informou que não disputará reeleição ao cargo em outubro. Segundo ele, o projeto de governo que tem executado seguirá com outro nome indicado pelo governador Elmano de Freitas (PT): "eu não sou candidato à reeleição".

"Eu acredito que cada um tem a sua missão a ser cumprida com muita energia e vigor, então eu tenho que comunicar aqui com o povo de Caucaia que, neste ano, vocês vão ter realmente o prefeito Vitor Valim até 31 de dezembro de 2024, mas este projeto de governo comandado pelo nosso líder político aqui no Estado, o senador e ministro Camilo Santana, e pelo nosso governador Elmano de Freitas aqui em Caucaia, junto à minha base política de vereadores e secretários, vai ter um novo nome com muito vigor e energia que possa comandar essa cidade pelos próximos quatro anos", disse o gestor.

Valim afirmou que ainda vai dialogar com os dois líderes para definir o novo nome que irá disputar as eleições pelo grupo político, seja homem ou mulher. Ele também negou que a decisão tenha qualquer relação com pesquisas precoces de intenção de votos ou de aprovação de gestão, e lembrou que, em 2020, não era favorito na disputa, mas saiu vencedor.

Na ocasião, ele fez uma espécie de prestação de contas das políticas desempenhadas no seu mandato, como o passe livre municipal no transporte público e o programa "Bora Conectar", que fornece internet aos estudantes da rede municipal de ensino. Valim também anunciou uma nova live para informar as entregas previstas até o fim do ano.

Diário do Nordeste entrou em contato com a assessoria de imprensa para falar sobre o assunto, mas não houve retorno. 

Nesta data, exatamente um mês após o falecimento de sua filha Sofia após não resistir a um transplante de fígado, o prefeito ainda agradeceu as palavras de carinho e apoio que recebeu naquele momento.

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