Datafolha Fortaleza: André Fernandes e Evandro Leitão estão tecnicamente empatados;
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A segunda pesquisa Datafolha do segundo turno da eleição pela Prefeitura de Fortaleza, divulgada na noite desta quinta-feira (17),mostra os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) tecnicamente empatados. No levantamento, o postulante do PL aparece com 45% das intenções de voto, enquanto o petista detém 43% da preferência do eleitorado.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Os eleitores que devem votar em branco ou nulo somam 4%. Não sabem são 8%.
A diferença entre André Fernandes e Evandro Leitão é de, numericamente, apenas 2 pontos percentuais, ou seja, empate técnico dentro da margem de erro.
Veja o resultado da pesquisa estimulada de intenções de voto no 2º turno:
- André Fernandes (PL): 45% (-2)
- Evandro Leitão (PT): 43% (-2)
- Branco/nulo: 8% (+2)
- Não sabe: 4% (+2)
*Em parênteses, a oscilação numérica comparada à pesquisa Datafolha divulgada em 10 de outubro
O nível de confiança da pesquisa é de 95% e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número CE-01856/2024. O levantamento, contratado pelo jornal O Povo, foi realizado entre os dias 15 e 17 deste mês e ouviu 826 eleitores.
No levantamento espontâneo, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, os dois continuam empatados tecnicamente. André Fernandes detém 34% das intenções de voto, enquanto Evandro Leitão tem 28%. Os que disseram votar no 13 somam 9%. Já os que devem votar no 22 são 6%. Os que falaram que vota no PT/candidato do PT são 1%. Outras respostas são 3%. Os que disseram que vão votar em branco ou nulo são 7%. Não sabem são 12%.
Derrotas da esquerda levam PT a apoiar nomes da direita no segundo turno e provocam divisão no partido
Por Lauriberto Pompeu — Brasília / O GLOBO
Com candidatos em apenas quatro das 15 capitais onde haverá segundo turno, o PT tem enfrentado dilemas para se posicionar em disputas onde os dois nomes que restaram são representantes da direita. Em cinco delas, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adotar a neutralidade — Curitiba, Goiânia, Manaus, Campo Grande e Porto Velho —, mas alas do partido optaram por tomar lado com o discurso de ajudarem a eleger o que consideram "menos pior" para a legenda.
Em Curitiba e Goiânia o cenário é parecido. Na capital paranaense a disputa é entre Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB). Embora Pimentel tenha o PL, de Jair Bolsonaro, na vice, o ex-presidente declarou apoio à candidata, o que a ajudou a chegar ao segundo turno. O PT decidiu que não vai apoiar nenhum dos dois, mas se movimenta nos bastidores para evitar a vitória de Graeml, numa estratégia classificada por petistas como "contenção de danos".
Por sua vez, em Goiânia petistas dizem que Sandro Mabel (União Brasil), apoiado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), seria preferível a Fred Rodrigues (PL), candidato de Bolsonaro. Oficialmente, porém, o partido não apoia nenhum dos dois e não fará campanha para Mabel.
Já em Campo Grande há uma afinidade maior do PT com Rose Modesto (União Brasil), que até o início do ano comandava a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Ela enfrenta a atual prefeita Adriane Lopes (PP), candidata da ex-ministra e atual senadora Tereza Cristina (PP-MS) e apoiada por Bolsonaro no segundo turno.
Ainda assim, mesmo nessa cidade, o PT optou pela neutralidade. A estratégia foi evitar associar Rose à esquerda e permitir que ela esteja em condições de não perder os votos conservadores para a prefeita.
A situação mais difícil é em Porto Velho, onde o segundo turno é disputado entre Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos), ambos ligados ao bolsonarismo. Nessa cidade não há movimentação nem mesmo velada de apoio de petistas a algum dos dois.
Por outro lado, o PL tem posição em todas as 15 capitais com segundo turno e a legenda terá filiados em nove dessas cidades que terão nova eleição no fim do mês. O PT vai ter filiados em quatro capitais no segundo turno.
O secretário de Comunicação do PT, o deputado Jilmar Tatto, disse que em algumas cidades a ideia é adotar a neutralidade visando um acordo para as disputas de 2026. Mas, de acordo com ele, em algumas localidades é preciso respeitar acordos locais. — Os partidos políticos têm essas contradições regionais e o PT não está imune a isso também. Se não atrapalha o projeto nacional, a gente não interfere, mas se atrapalha, a gente às vezes interfere.
Além das cinco capitais onde o PT adotou neutralidade, o partido tomou lado em outras quatro, mas que não deve ser seguida por todos os filiados.
Em João Pessoa, o PT decidiu pelo apoio ao prefeito Cícero Lucena (PP) contra Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, mas Luciano Cartaxo, candidato do PT que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, não apoiará nenhum dos dois.
O apoio declarado a Luiz Roberto (PDT) no segundo turno de Aracajú também gerou dissidências. O pedetista é o candidato do governador, Fábio Mitidieri (PSD),e petistas defendiam neutralidade na disputa contra Emília Pessoa (PL). Nessas duas capitais nordestinas o apoio aos candidatos foi articulado pela direção nacional do PT.
Em Manaus, palco de uma disputa entre o atual prefeito David Almeida (Avante) e o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), parte dos petistas queria declarar apoio ao prefeito para evitar a vitória de um representante do partido de Bolsonaro. No entanto, por conta da divisão, a solução intermediária. O PT orientou voto contra o candidato do PL, mas liberou para os filiados apoiarem ou não Almeida.
O prefeito tem o apoio dos senadores governistas Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), mas não é da base de Lula e apoiou Bolsonaro em 2022. Mesmo assim, uma parte do PT considera ele uma opção menos radical do que seria se Alberto Neto fosse eleito. — Decidimos deixar os três partidos, o PCdoB, PV e PT livres para os seus militantes votarem ou não votarem no outro candidato (David Almeida). O importante é: extrema direita, não — disse o presidente do PT em Manaus, Valdemir Santana, em vídeo divulgando a decisão da legenda.
Saiba o posicionamento do PT no segundo turno
- Aracaju: Emília Correia (PL) x Luiz Roberto (PDT) - PT apoia Luiz Roberto
- Belém: Igor Normando (MDB) x Eder Mauro (PL) - PT apoia Igor Normando
- Belo Horizonte: Fuad Noman (PSD) x Bruno Engler (PL) - PT apoia Fuad Noman
- Campo Grande: Adriane Lopes (PP) x Rose Modesto (União Brasil) - PT não adotou posição
- Cuiabá: Abílio Brunini (PL) x Lúdio Cabral (PT) - PT está com Lúdio Cabral
- Curitiba: Cristina Graelm (PMB) x Eduardo Pimentel (PSD) - PT não adotou posição
- Goiânia: Sandro Mabel (União Brasil) x Fred Rodrigues (PL) - PT não adotou posição
- Fortaleza: Evandro Leitão (PT) x André Fernandes (PL) - PT está com Evandro Leitão
- João Pessoa: Cícero Lucena (PP) x Marcelo Queiroga (PL) - PT apoia Cícero Lucena
- Manaus: Capitão Alberto Neto (PL) x David Almeida (Avante) - PT vetou apoio a Capitão Alberto Neto e liberou para quem quisesse apoiar ou não David Almeida
- Natal: Paulinho Freire (União Brasil) x Natália Bonavides (PT) - PT está com Natália Bonavides
- Palmas: Janad Valcari (PL) x Eduardo Siqueira Campos (Podemos) - PT apoia Eduardo Siqueira Campos
- Porto Alegre: Sebastião Melo (MDB) x Maria do Rosário (PT) - PT está com Maria do Rosário
- Porto Velho: Mariana Carvalho (União Brasil) x Leo Moraes (Podemos) - PT não adotou posição
- São Paulo: Ricardo Nunes (MDB) x Guilherme Boulos (PSOL) - PT está com Guilherme Boulos
Datafolha mostra que vento bateu mas não destelhou Nunes
Marcos Augusto Gonçalves / folha de sp
Depois do apagão em São Paulo, causado pela tempestade da semana passada, pela incompetência da Enel e por erros repetidos da prefeitura, pesquisa Datafolha mostra que, em relação ao levantamento do dia 10, Ricardo Nunes oscilou negativamente quatro pontos percentuais, enquanto seu rival, Guilherme Boulos, manteve-se na mesma posição. As intenções são agora de 51% para Nunes e 33% para Boulos, com margem de erro de três pontos percentuais.
Ou seja, o vendaval não destelhou a candidatura do prefeito, mas gerou perdas. Entre os eleitores de Marçal, por exemplo, 77% agora declaram voto em Nunes, antes eram 84%. Dos que optaram por Tabata, ele tem 27% –antes eram 35%.
Boulos por sua vez encontra dificuldades conhecidas. Continua sem convencer, por exemplo, boa parte de quem votou em Lula em 2022. Tem 65% desse grupo, mas 26% preferem seu adversário.
O levantamento ainda não apresentou o cálculo dos votos válidos, o que será importante saber, mas na intenção espontânea, quando o eleitor não lê o nome dos candidatos, a diferença cai para 11 pontos percentuais: 41% declaram voto em Nunes, 30%, em Boulos, com 12% de indecisos e 10% de brancos ou nulos.
O primeiro Datafolha foi anterior ao início da propaganda eleitoral no segundo turno. Sendo assim, carregou muito do que aconteceu até ali. Serviria sobretudo para saber como seria a partilha dos votos dos derrotados. Depois da pesquisa, na segunda, veio o debate na Band, já sob chuvas e trovoadas.
Opinadores e analistas viram de um modo geral alguma superioridade de Boulos no enfrentamento, ao explorar a atmosfera carregada que atrapalha seu adversário. Estimou-se genericamente que a diferença não bastaria para virar o placar mostrado pelo instituto anteriormente, o que era óbvio, já que as chances de uma virada tão expressiva do eleitorado em decorrência de um primeiro debate eram próximas de zero. O que precisaria acontecer na Band para que tal reviravolta ocorresse?
Mais importante e o mais difícil seria entender como após o apagão e o debate inicial se revelaria a dinâmica dos embates do segundo turno, ou seja, como a tempestade natural e política e a propaganda gratuita se refletiriam nas intenções de voto. Para isso, só com pesquisa.
Com o Datafolha desta quinta ganhou-se uma base mais objetiva para tomar o pulso do segundo turno. Os obstáculos para Boulos continuam se mostrando imensos, agora faltando dez dias para a votação.
Nunes, como se sabe, não é um prefeito de gerar entusiasmo. Quem mora em São Paulo sabe disso muito bem. Sua gestão é avaliada como ótima ou boa por apenas um quarto dos eleitores. É grande o número dos que optam por ele apenas para evitar o que avaliam como um risco representado pelo candidato do PSOL.
Estamos alcançando a metade da campanha deste segundo round eleitoral. A munição de Boulos sobre o apagão já foi praticamente gasta.
Mesmo que venham intempéries nos próximos dias, Nunes e o governador Tarcísio de Freitas estão com os coletes e capacetes na mão. Há ainda eleitores indecisos e não se sabe se a abstenção vai se manter alta como no primeiro turno ou se irá crescer ou diminuir.
Não se vislumbra, porém, no arsenal do deputado uma arma secreta. Dia 27 as urnas enfim vão falar.
Nas capitais e com evangélicos e banqueiros, Lula entra nas campanhas de 2024 e 2026
Por Eliane Cantanhêde / O ESTADÃO DE SP
O presidente Lula fez dois movimentos importantes nesta semana, além de entrar na campanha do segundo turno. Na terça, sancionou o projeto criando o dia da Música Gospel, com direito a reunião no Planalto, foto e cantoria com evangélicos. Na quarta, reuniu-se por uma hora e meia com representantes dos quatro maiores bancos privados brasileiros, com pauta em aberto e foco no equilíbrio fiscal, ou melhor, no corte de gastos.
Se há algum ponto em comum entre evangélicos e o setor financeiro é a resistência ao PT, à esquerda e, por extensão, ao próprio Lula. Logo, há um esforço de Lula para vencer essas resistências, construir pontes e, no caso dos evangélicos, abrir dissidência, deixando uma pergunta no ar: quando será a rodada de conversas com o agronegócio, outro setor nada, nada, amigável?
A estrela do evento gospel de Lula foi o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), pastor da Assembleia de Deus Missão e Vida e mais uma dessas figuras para lá de polêmicas que ganharam exposição e microfones com a ascensão do bolsonarismo. Só que, agora, é todo elogio para Lula, depois de Jair Bolsonaro impedir que se candidatasse à Prefeitura do Rio em favor do neófito Alexandre Ramagem.
Não é um motivo nobre, que demonstre grandeza pessoal e preocupação com o País, mas confirma a brigalhada que se instalou na extrema direita no rastro das eleições municipais. Bolsonaro já ouviu poucas e boas do Pastor Silas Malafaia, está se estranhando com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, não esconde o ciúme do governador Tarcísio Gomes de Freitas e mais essa: racha nos evangélicos da sua base, o Rio de Janeiro.
Lula cumpriu direitinho o script, ouviu o discurso elogioso de Otoni de Paula, posou para fotos nos melhores (e mais concorridos) ângulos, não tocou nos pontos sensíveis, não provocou comparações, apenas curtiu um momento que pode ser importante. Afinal, os evangélicos votaram em massa em Bolsonaro em 2022 e a ex-primeira dama Michele Bolsonaro ainda se dedica com empenho a esse segmento que, além de religioso, tem peso político.
Na reunião de quarta com o setor financeiro, Lula também deixou de lado as críticas e ironias contra “o mercado” e “a Faria Lima”, não fez cara feia nem bateu na mesa para defender gastos e usou um figurino oposto ao da antecessora Dilma Rousseff. Também ouviu muito, prometeu “fazer tudo para o Brasil crescer com equilíbrio fiscal” e deu o aval mais esperado da tarde: disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estava presente e tem bons canais no meio, tem sua “total confiança”.
Afora as ausências da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que tem tudo a ver com a questão fiscal, e do vice Geraldo Alckmin, velho amigo da Faria Lima, ops!, do setor financeiro, o encontro pode ser considerado um sucesso de público e de crítica. Agora, é ver se tudo o que foi dito e prometido era para valer ou só para banqueiro ver.
Lula também viajou nesta semana para o Nordeste e está desembarcando em São Paulo para o segundo turno das eleições municipais, além de abrir o leque e ganhar fôlego para os dois últimos anos do terceiro mandato e as prévias de 2026. Tomara que não se anime com seus próprios improvisos na reunião dos Brics e estrague tudo.
André x Evandro: veja os principais embates do Debate PontoPoder do 2º turno em Fortaleza
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Disputando o segundo turno em Fortaleza, os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT) subiram o tom no embate durante o Debate PontoPoder nesta quarta-feira (16). O postulante do PL foi alvo de acusações do adversário sobre a conduta com relação às mulheres e a postura que adotou durante a pandemia da Covid-19. Já o candidato do PT foi alvo de acusações sobre a reforma da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), além de ter sido questionado sobre atitudes durante o período em que foi gestor de futebol.
Veja os confrontos diretos entre os candidatos:
REFORMA DA ALECE
Já na primeira interação entre os candidatos, André Fernandes perguntou a Evandro Leitão sobre a reforma da Alece, atingida por incêndio em junho deste ano. “O candidato que está aqui ao meu lado, sem licitação, contratou uma empresa para fazer uma reforma no plenário da Assembleia Legislativa, somente no plenário, R$ 23,7 milhões, sendo R$ 5 milhões somente para comprar um telão de LED”, pontuou Fernandes.
Em sua resposta, Evandro disse que o adversário usou informações falsas para atacá-lo. Ele disse que toda a reforma da Casa foi realizada dentro da legalidade. “Eu sou gestor não é de agora, tenho experiência, fui secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, onde o Ceará bateu recorde de emprego. Sou presidente da Assembleia com orgulho, eleito e reeleito, inclusive com o voto do seu pai, que podia não ter votado, mas ele disse que, por ele, seriam oito anos da minha gestão na Alece. Você não tem experiência, Fortaleza precisa de um gestor que cuide das pessoas”, disse.

RESPEITO ÀS MULHERES
Logo em seguida, foi a vez de Evandro fazer acusações contra André. O petista recuperou publicações do adversário nas redes sociais em que dizia frases como: “vou gravar um vídeo hoje sobre feminicídio, detonando essa falácia”; “mulher é igual a pênalti mal batido, um chuta, outro pega”; “feliz dia da mulheres para você que é mulher de verdade, já para você que é feminista, desejo tudo de ruim”. “É dessa forma que você vai tratar as mulheres?”, perguntou o postulante.
Na resposta, André minimizou as mensagens afirmando que elas foram feitas em 2011, quando ele tinha 14 anos. “Eu era youtuber, comediante, e fazia brincadeiras, muitas delas de mau gosto, confesso, brincadeiras bobas. Eu amadureci, candidato”, rebate o candidato do PL.
Na réplica, Evandro reforçou que as publicações são mais recentes, de 2018. “Você não acredita em feminicídio, você foi contra a equiparação salarial entre homens e mulheres, você foi condenado por agressão a uma jornalista após dizer que ela trocava sexo por informação”, completou.
André argumentou que errou na conduta adotada contra a jornalista. “Errei, na época, pedi desculpa, e fui condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil. Pedi desculpa e isso é algo superado”, finalizou.
GESTOR ESPORTIVO
No fim do segundo bloco do debate, André e Evandro protagonizaram um novo embate. O candidato do PL acusou o petista de "agredir, com um soco por trás, um árbitro de futebol no final do campeonato cearense de 2015".
Na fala, André se referiu à disputa interna entre o petista e a correligionária Luizianne Lins (PT) para liderar a chapa da sigla neste ano. Ele também fez referência à saída de Evandro do PDT. Ainda em sua fala, André disse que Evandro “não tem boa fama” ao falar sobre o Ceará. O candidato do PT é ex-presidente do Ceará Sporting Clube.
Evandro rebateu os ataques. Na ocasião, ele voltou a questionar a postura de André em relação às mulheres, reforçando que foi o postulante do PL quem "foi condenado por agressão a mulher" e "votou contra a equiparação salarial" entre homens e mulheres na Câmara dos Deputados.
O assuntou retornou no último bloco do programa, quando André questionou sobre uma foto em que Evandro aparece ao lado de Arlindo Maracanã com um montante de dinheiro. "Era comemorando que o Fortaleza não subiu da série C para a série B? Você se orgulha que um time cearense não tenha acesso?", perguntou.
Evandro disse que se orgulha de ter sido dirigente esportivo. “Dirigente de um clube como o Ceará Sporting Clube, que tirei de uma situação extremamente ruim e deixei em um patamar completamente diferente. Diferente de você, tenho outras experiências, fui dirigente de 2008 a 2015, fui presidente do Ceará neste período e deixei o Ceará em outro patamar, diferente de você, que a única experiência que tem é administrar perfis em redes sociais”, criticou.
PANDEMIA DA COVID-19
No último bloco do debate, Evandro questionou seu adversário sobre a postura em relação à pandemia da Covid-19. Ele ressaltou que tanto André quanto o então presidente Jair Bolsonaro "negaram a ciência", se posicionaram "contra a vacina". O petista ainda reafirmou que o postulante do PL, se eleito, irá nomear como secretária da Saúde "a capitã Cloroquina”, em referência a Mayra Pinheiro, ex-secretária do Ministério da Saúde.
André rebateu, garantindo que ainda não indiciou secretários, e disse que não tem negociado cargos em troca de apoios. "O que eu tenho é um conselho que me ajudou a construir meu plano de Governo. (...) Em 17 de fevereiro de 2022, eu me vacinei, inclusive tem matéria aqui na rede de jornal do Sistema Verdes Mares", complementou, acrescentando que o adversário é quem já "loteou" espaços públicos.
O embate continuou e Evandro disse que não loteou “absolutamente nada”.
Por fim, André enviou uma mensagem de solidariedade a Mayra Pinheiro. Ele ainda prometeu que, se eleito, os postos de saúde ficarão abertos aos finais de semana. “Serão abertos para fazer uma ampla vacinação, principalmente para crianças, idosos e grupos de risco, para garantir toda a imunização do programa do Governo do Ministério da Saúde", finalizou.