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Filiação de Evandro ao PT tem as presenças de partidos aliados a Elmano

Alessandra Castro, Ingrid Campos, Bruno Leite / DIARIONORDESTE

 

O evento de filiação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, ao PT reuniu, neste domingo (17), lideranças de partidos aliados do governador Elmano de Freitas (PT).

Dirigentes petistas têm insistido no discurso de que o nome ideal para representar a sigla na disputa pela Prefeitura de Fortaleza no ano que vem deve agregar aliados. Os partidos PV, PP, MDB e PCdoB estiveram no arco de aliança que elegeu Elmano em 2022. 

Dentre os nomes, estavam:

  • Presidente do PV Ceará, Marcelo Silva;
  • Presidente do PP Ceará, Zezinho Albuquerque;
  • Presidente do PSB Ceará, Eudoro Santana;
  • Presidente do Republicanos Ceará, Chiquinho Feitosa;
  • Presidente do PCdoB Ceará, Luís Carlos Paes;
  • Presidente do MDB Ceará, Eunício Oliveira;
  • Presidente do Podemos Ceará, Bismarck Maia;
  • Presidente do Solidariedade Ceará, Júnior Castro;
  • Presidente do PSD Ceará, Domingos Filho.

DEMAIS PRESENÇAS

O evento recebeu deputados pedetistas da ala do senador Cid Gomes (PDT), além da deputada federal Fernanda Pessoa, que é do União Brasil – partido que tem Capitão Wagner como pré-candidato à Prefeitura em Fortaleza.

A chegada de Evandro ao PT deve intensificar a disputa interna sobre a candidatura à Prefeitura de Fortaleza em 2024. A legenda já tinha quatro pré-candidatos e, com a chegada do presidente da Alece, ganhou mais um. O nome dele é ventilado por correligionários e lideranças políticas que compõem o arco de aliança governista do Ceará.  

Além de Evandro Leitão, são cotados para a disputa: os deputados estaduais Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, o assessor de Assuntos Municipais do Governo do Ceara, Artur Bruno, e a deputada federal Luizianne Lins — que já foi prefeita de Fortaleza e tradicionalmente tem disputado a eleição ao Paço Municipal pela sigla. 

Evandro Leitão formaliza pedido de filiação ao PT, ao lado de Conin e Guilherme Sampaio

Alessandra Castro, Luana Barros / DIARIONORDESTE

 

 

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado Evandro Leitão, formalizou, nesta segunda-feira (11), pedido de filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT), durante reunião com o presidente estadual, Antônio Filho, o Conin, e o presidente do PT Fortaleza, o deputado estadual em exercício Guilherme Sampaio.

O encontro estava previsto para acontecer na sede do PT, na Av. da Universidade, em Fortaleza, pela manhã. Contudo, o local acabou sendo mudado. No mesmo horário, a sede do partido foi ocupada por manifestantes que cobravam políticas de moradia ao Governo do Estado.

O encontro ocorreu horas depois, a portas fechadas. Também participaram os deputados estaduais Larissa Gaspar, De Assis Diniz, Jô Farias, Nizo Costa e Juliana Lucena.

"Evandro é um antigo amigo e aliado do PT, companheiro de projeto e de lutas, um grande quadro da política cearense, e terá muito a contribuir com nosso partido no Ceará e na reconstrução do Brasil", escreveu o presidente do PT Ceará. O pedido deve agora ser validado pela Executiva estadual do PT em reunião marcada para esta quinta-feira (14).

Já a cerimônia de filiação do presidente da Alece ao PT deve ocorrer no próximo sábado (16), em evento com autoridades petistas, como o governador Elmano de Freitas. Além dele, outros dissidentes pedetistas, como prefeitos, também devem ser admitidos no partido durante a cerimônia de olho nas eleições municipais de 2024.

A formalização deve por fim à novela sobre o destino partidário do presidente da Alece, já que ele recebeu convites de diversas agremiações, como PSB, MDB, Podemos, Republicanos. 

A ida de Evandro Leitão para o partido deve intensificar a disputa interna pela candidatura petista à Prefeitura de Fortaleza, já que ele é ventilado como pré-candidato. Todavia, o partido já conta com pelo menos outras três pré-candidaturas: dos deputados estaduais Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar e da deputada federal Luizianne Lins — que já foi prefeita da Capital e tem alegado que não irá abrir mão de sua candidatura.

SITUAÇÃO NO PDT

Evandro Leitão recebeu carta de anuência para sair do PDT sem perder o mandato em agosto deste ano, com o partido sob o comando do senador Cid Gomes. A medida buscava justamente possibilitar que o deputado encontrasse uma outra sigla para efetivar a sua candidatura ao Paço Municipal no ano que vem, tendo em vista que não havia possibilidade dentro do PDT — partido do prefeito de Fortaleza, José Sarto, que deve tentar a reeleição.

A deliberação do diretório estadual causou uma série de reações da cúpula nacional, que tenta até hoje reverter a situação na Justiça. 

A última decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), no entanto, é favorável a Evandro. No fim de outubro, a Corte reconheceu, por unanimidade, a desfiliação do parlamentar sem a perda do mandato de deputado estadual. Agora, resta embargos de declarações apresentados pela Executiva Nacional do PDT para o TRE-CE analisar. O julgamento deve ocorrer na próxima semana.

Presidente nacional interino do PDT e ex-presidente do PDT Ceará, o deputado federal André Figueiredo informou que deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando os recursos esgotarem na Corte Eleitoral cearense.

DEBANDADA

Em meio a isso, outros deputados pedetistas, o senador Cid Gomes e mais de 40 prefeitos articulam deixar o PDT sob a justificativa de "perseguição". A legenda está dividida em duas alas desde a eleição de 2022: a do senador Cid Gomes, que defende a retomada da aliança com o Governo do Estado, e a de André Figueiredo, que quer ser oposição.

Além do Diretório Nacional, aliados de André Figueiredo, como o ex-prefeito Roberto Cláudio, detêm o comando do PDT Fortaleza. Por isso, o nome de Evandro não seria uma possibilidade de candidatura em 2024. Ademais, a presidência do senador no partido vem sendo alvo de embate judicial desde a concessão da carta de anuência para o presidente da Alece.

PT brinca de autofagia à beira das urnas municipais de 2024

Josias de Souza/Colunista do UOL 

 

A irrelevância subiu à cabeça do petismo. Minoritário no Congresso e no governo, o Partido dos Trabalhadores decidiu dançar a coreografia da autofagia na beirada das urnas municipais de 2024. 

O PT brinca de autofagia à beira das urnas municipais de 2024

Josias de Souza/ Colunista do UOL

 

A irrelevância subiu à cabeça do petismo. Minoritário no Congresso e no governo, o Partido dos Trabalhadores decidiu dançar a coreografia da autofagia na beirada das urnas municipais de 2024.

 

Num encontro de dois dias, inciado nesta sexta-feira, o partido discute a estratégia a ser adotada nas eleições para prefeito. Elaborou uma resolução política para nortear os debates. No documento, a legenda de Lula dedica-se a mastigar a si mesma

 

 

O PT anota no seu texto que "o Brasil precisa se libertar, urgentemente, da ditadura do BC 'independente' e do austericídio fiscal, ou não teremos como responder às necessidades do país". Afirma que, "graças à credibilidade de Lula e apesar do BC de Campos Neto, temos inflação cadente e sob controle, desemprego em queda, rendimento da população em alta e contas públicas equilibradas"

 

A pregação é autofágica porque quem conduz a política fiscal é o companheiro Fernando Haddad. É inútil porque a autonomia do BC decorre de lei aprovada pelo Congresso. Lula poderia propor uma mudança. Mas faltam votos ao PT para aprovar a alteração.

 

De resto, o petismo já executou, sob Dilma Rousseff, a política de cofres abertos. Deu em ruína. Quando o PT foi retirado do Planalto, o PIB encolhia 3,5%, a inflação rodava na casa dos 10%, os juros escalavam os 14% e as contas nacionais estavam tingidas de vermelho.

 

O documento do PT critica a influência "desmedida" exercida pelo Centrão no governo Lula e no Congresso. Sustenta que temas como a segurança pública não podem ser tratados como "tabus"… 

 

Quem fufucou a Esplanada foi Lula, entregando cofres ministerias e a Caixa Econômica à turma de Arthur Lira. Alegou que, sem isso, não sairia do lugar.

 

A segurança pública, de fato, não deveria ser um tabu. O problema é latente e pede reclama enfrentamento. Líder no ranking nacional de homicídios, a Bahia é governada pelo PT desde 2007. Um de seus ex-governadores, Rui Costa, é o atual chefe da Casa Civil. Outro, Jaques Wagner, lidera a bancada do governo no Senado…

 

 

O PT se autoimpõe na resolução política a "urgente" tarefa de se organizar politicamente para "alterar esta correlação de forças". Algo que só ocorrerá "pela conscientização e mobilização daqueles e daquelas que representamos e defendemos."…

 

O desafio passa pelas urnas de 2024, antessala para a disputa presidencial de 2026. O problema é que, antes de seduzir o eleitorado, o PT precisará se entender consigo mesmo.

 

Opinião
Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL…

 
 

Relator da LDO define teto do fundo eleitoral em R$ 4,9 bilhões, cinco vezes mais do que o proposto pelo governo

Por 

— Brasília / O GLOBO

 

Diante do impasse no Congresso sobre o tamanho do fundo eleitoral, verba pública bilionária destinada a financiar campanhas políticas, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), decidiu colocar um teto de R$ 4,9 bilhões para o montante a ser destinado durante a as campanhas municipais de 2024. A definição sobre o valor exato e a origem dos recursos, no entanto, serão tomadas mais à frente, na votação da Lei Orçamentária anual (LOA). O valor supera em mais de cinco vezes o valor previsto pelo governo ao enviar o projeto: R$ 900 milhões

 

“As despesas relativas ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha observarão o limite máximo correspondente ao valor autorizado para essas despesas no exercício de 2022”, diz um dos artigos do relatório de Forte.

 

Danilo Forte chegou a defender que o abastecimento do fundo fosse feito metade com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a parte com as emendas de bancada estadual, mas desistiu diante do impasse entre os colegas.

 

A fonte que garantirá o aumento do chamado fundão eleitoral, contudo, divide parlamentares. Parte deles age para retirar os recursos da Justiça Eleitoral, que no ano passado teve R$ 9,1 bilhões, enquanto outra ala defende que o dinheiro saia das emendas de bancada, como previsto atualmente em lei.

 

O nó está nos deputados do baixo clero — aqueles que não têm cargo de liderança e pouca influência na divisão dos recursos. Eles resistem em mexer nas emendas de bancada, usadas para financiar obras e serviços em suas bases eleitorais.

 

Na avaliação desses parlamentares, ter a garantia de uma emenda gorda, que poderá ser usada para lucrar politicamente, é mais vantajoso do que inflar o fundo eleitoral. Nas palavras de um deputado, que pediu para não ser identificado, ninguém vai concordar em reduzir o valor que poderá destinar à sua base para bancar “voo de helicóptero” de candidato.

 

— Houve uma discordância generalizada em relação à exclusividade das emendas de bancada. Acho que isso tem que ser distribuído por remanejamentos da área de investimento, de forma linear, para poder garantir a questão do fundo eleitoral—afirmou Danilo Forte antes da apresentação do relatório.

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