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Vereador do PL aliado de André Fernandes ameaça candidato do PT em Fortaleza: 'Prepara o caixão'

Victoria Azevedo / FOLHA DE SP

 

O vereador reeleito de Fortaleza Inspetor Alberto (PL) publicou um vídeo no qual xinga e ameaça Evandro Leitão (PT), candidato à prefeitura da capital cearense. O vereador é aliado de André Fernandes (PL), que enfrenta o petista no segundo turno da disputa.

Em vídeo publicado nas redes sociais na quarta-feira (23), o vereador diz que Leitão deve ir para a "churrasqueira" e preparar "o seu caixão". "Leitão filha da puta, tu vai para a churrasqueira. Prepara o seu caixão, vagabundo", diz o Inspetor Alberto.

O vídeo foi apagado posteriormente pelo vereador. À reportagem ele disse que estava a caminho de um ato do aliado e parou para tirar fotos com apoiadores. Ele afirma que fez referência a uma música da campanha de Fernandes que fala em "assar o leitão no dia da votação" e que trocou a palavra "carvão" por "caixão".

"Tava um barulho danado, não percebi que troquei as palavras. Na hora de falar em carvão, eu falei caixão. Você vê que a frase não combina, não foi um erro intencional. Como vou botar um caixão dentro da churrasqueira?", diz.

O vereador afirma que foi alertado por Fernandes de que ele tinha cometido o equívoco, já na manhã desta quinta-feira. "Não sei se é o caso de retratação, porque não fiz esse erro do ‘caixão’ com intenção de ofender ele. Falei a palavra errada. Se eu ofendi, não tenho problemas em pedir desculpas."

Ele também disse que está ressentido com o petista por supostas notícias falsas que a campanha dele teria atribuído a ele e sua família. "Quanto aos palavrões, eu digo que isso é pessoal meu, não tem nada a ver com o André. Estou chateado com o Leitão mesmo, por isso que eu chamei ele dos nomes que chamei."

A campanha de Fernandes diz que não irá comentar.

Inspetor Alberto trabalhou como assessor de Fernandes quando o aliado era deputado estadual. O vereador foi o segundo maior doador da campanha a deputado federal dele em 2022, como mostrou o Painel, contribuindo com R$ 27 mil. Em 2019, fez um vídeo dando dez tiros em uma foto do hoje presidente Lula (PT). Ele tem participado de atos do aliado ao longo da disputa eleitoral.

A campanha do petista, por sua vez, registrou um boletim de ocorrência contra o vereador pelo crime de ameaça e repudiou o ataque. Em vídeo nas redes sociais, Leitão citou Inspetor Alberto, a deputada federal Carla Zambelli (PL) e o ex-deputado Roberto Jefferson para criticar o bolsonarismo.

"Inspetor Alberto, Carla Zambelli, Roberto Jefferson, todos são representantes do ódio e da violência do bolsonarismo. Bolsonarismo é violência, é ódio. Bolsonarismo mata. Fortaleza não pode ser destruída pelo bolsonarismo", diz legenda de peça publicada em perfil do petista nas redes sociais.

A disputa em Fortaleza está indefinida às vésperas do segundo turno, com pesquisas apontando empate técnico entre os dois candidatos. Ela representa um reflexo da polarização nacional, com um candidato apoiado pelo presidente da República e o outro por Jair Bolsonaro (PL), num ensaio para 2026.

 

Datafolha: Vantagem de Nunes sobre Boulos passa de 18 para 14 pontos a três dias do 2º turno

Ana Luiza Albuquerque / FOLHA DE SP

 

A três dias do segundo turno, a vantagem do prefeito Ricardo Nunes (MDB) sobre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) passou de 18 para 14 pontos percentuais, mostra nova pesquisa Datafolha. Esta é a menor vantagem observada pelo instituto na segunda fase da disputa.

O emedebista reúne 49% das intenções de voto, contra 35% de seu adversário na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Outros 14% pretendem votar em branco ou nulo e 2% estão indecisos.

Há uma semana, no levantamento anterior, Nunes tinha 51% das intenções, e Boulos, 33%.

No primeiro turno, o emedebista teve 29,48% dos votos válidos, contra 29,07% do psolista.

Contratado pela Folha e pela TV Globo, o instituto ouviu 1.204 eleitores nesta terça (22) e quarta-feira (23). Com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou menos, dentro do nível de confiança de 95%, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-07600/2024.

Considerando apenas os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Nunes tem 58%, frente a 42% de Boulos.

Na pesquisa espontânea, quando nenhum nome é apresentado ao eleitor, 40% declaram voto no prefeito e 30% no psolista. Outros 10% estão indecisos e 12% votam em branco ou nulo.

Em comparação com o levantamento anterior, Nunes recuou entre os eleitores de 16 a 24 anos (de 41% para 33%), enquanto Boulos variou positivamente entre os homens (de 27% para 35%) e entre os pretos (de 38% para 46%).

PABLO MARÇAL

Na reta final da campanha, o deputado vem emulando comportamentos de Pablo Marçal (PRTB), que marcou 28,14% no primeiro turno.

Boulos prometeu, por exemplo, divulgar denúncias graves contra Nunes —segundo ele, algo nunca visto antes em uma campanha. No fim, o psolista trouxe fatos já noticiados pela imprensa, sem novos indícios ou provas, sobre a relação do prefeito com envolvidos na chamada máfia das creches.

O parlamentar visa crescer entre os eleitores do autodenominado ex-coach, especialmente os empreendedores e trabalhadores de plataformas, como motoristas de aplicativo. Por isso, aceitou participar de sabatina organizada pelo influenciador, que deve acontecer nesta sexta-feira (25), às 12h.

O novo Datafolha mostra que Nunes ainda tem larga vantagem entre os eleitores de Marçal, mas indica que Boulos oscilou positivamente entre o grupo. Hoje 74% declaram voto em Nunes (eram 77% na semana passada), contra 11% que escolhem o deputado federal (eram 8%).

PADRINHOS POLÍTICOS

Na última semana, Nunes e Boulos cumpriram agenda com padrinhos políticos de peso no campo nacional.

A cinco dias do segundo turno da eleição, na terça-feira (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PLparticipou de seu primeiro evento na campanha do prefeito, a quem declarou apoio em janeiro.

Por um lado, houve resistência de Bolsonaro a manifestar apoio mais enfático a Nunes, por ter sido pressionado por seus eleitores, que preferiam Marçal. Por outro, o próprio MDB queria se preservar das polêmicas e da rejeição do ex-presidente, mirando o eleitor moderado ao eleger como mote da campanha o discurso sobre a cidade e a gestão.

No mesmo dia, Boulos cumpriu agenda ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), visto pelo entorno do candidato como uma peça importante para acenar a segmentos mais moderados.

O presidente Lula, que costurou o apoio do PT à candidatura, teve uma presença na capital menor do que a esperada por aliados do deputado. No fim de semana, foram cancelados dois atos de campanha com a participação do petista em função da chuva na capital paulista. No primeiro turno, também houve compromissos desmarcados.

Após ter batido a cabeça em acidente doméstico, Lula avisou a campanha de Boulos que não viajará para São Paulo às vésperas das eleições. O parlamentar e seus assessores ainda tinham a expectativa de que o presidente participasse de um ato na avenida Paulista no sábado (26).

As agendas com os candidatos nesta semana não parecem ter provocado grandes mudanças entre os apoiadores de Lula e Bolsonaro.

Entre os eleitores do petista em 2022, 66% pretendem votar em Boulos, e 26% preferem Nunes. Já entre os apoiadores de Bolsonaro, o prefeito tem 84% das intenções de voto, contra 6% do deputado. As porcentagens permanecem estáveis em relação à semana passada, com oscilações de um ponto para mais ou menos.

Na reta final, na tentativa de reduzir sua rejeição, Boulos replicou estratégia do presidente, seu padrinho político, e leu uma carta intitulada "Ao Povo de São Paulo", na qual disse que sua gestão não terá "amarras a qualquer tipo de sectarismo".

O deputado é rejeitado por 55% dos eleitores, oscilando negativamente um ponto em relação à semana passada. Já Nunes é rechaçado por 37% dos entrevistados, dois pontos a mais do que na última pesquisa.

GRAU DE AFINIDADE

Em uma semana, oscilou negativamente de 44% para 37% o número de eleitores de Boulos considerados comprometidos. Esses são aqueles que mencionam espontaneamente sua opção de voto, confirmam o nome preferido na lista de candidaturas apresentadas, consideram seu candidato o ideal e estão altamente motivados para votar. A margem de erro neste segmento é de 5 pontos percentuais, para mais ou menos.

Ao mesmo tempo, passou de 6% para 8% a proporção de eleitores distantes —aqueles que não mencionam o nome de seu candidato espontaneamente, os que dizem tê-lo escolhido por falta de melhor opção e os que não indicam alta motivação para votar. Já a porcentagem de inclinados, um meio-termo entre as duas classificações, foi de 50% para 55%.

Nunes tem menos apoiadores comprometidos (14%) e mais inclinados (74%) e distantes (12%).

No grupo de eleitores do prefeito, 34% afirmam ter muita vontade de ir às urnas no domingo, e 26%, pouca ou nenhuma. Entre os apoiadores de Boulos, 56% declaram muita vontade, e 15%, pouca ou nenhuma.

AVALIAÇÃO DE NUNES

A avaliação da gestão de Nunes permanece estável em relação ao último levantamento, no início de outubro. Ela é considerada ótima ou boa por 26% dos eleitores, regular por 45% e ruim ou péssima por 28%.

 

Cid diz que Lula e Bolsonaro já 'deram o que tinham de dar' na disputa entre André e Evandro

Escrito por Luana Barros ,  / DIARIONORDESTE

 

O senador Cid Gomes (PSB) disse, nesta segunda-feira (21), que o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram "fundamentais para definir o 2º turno" da eleição em Fortaleza, mas considera que ambos já deram a contribuição possível no atual cenário. A declaração foi feita durante evento do PSB em apoio a Evandro Leitão (PT). O ato reuniu prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos pelo PSB no hotel Marina Park. Além de Cid Gomes, participaram do evento o candidato do PT e o governador Elmano de Freitas (PT). 

Para Cid, o segundo turno é um novo momento da disputa eleitoral. "Daqui para frente, o Bolsonaro já deu o que tinha que dar, e o Lula já acresceu ao Evandro aquilo que tinha para acrescer", pontuou. 

O senador disse não considerar que haja um "avanço do bolsonarismo" em Fortaleza, mas sim que André Fernandes "está se confundindo, ou se confundiu por um certo tempo, com mudança". "O que é fato é que há um sentimento em Fortaleza de mudança, que é reflexo de uma gestão que não teve uma boa avaliação", diz Cid. 

Contudo, para o ex-governador, os recentes apoios recebidos por André Fernandes provariam que a candidatura do deputado federal do PL é o "contrário" da mudança. "Agora, ele está recebendo apoio do status quo, exatamente de quem manda na Prefeitura de Fortaleza", disse. 

"Os padrinhos do Sarto, os grandes padrinhos, estão com ele (André Fernandes). Então, não estão acreditando em mudança. Ao contrário, estão acreditando que vão permanecer na Prefeitura se o candidato adversário for eleito", disse.

Indagado especificamente sobre o apoio do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) a André Fernandes, Cid Gomes disse que "não devia nem emitir opiniões, cada um tem o direito de fazer a escolha que quiser". 

Roberto Cláudio foi apadrinhado de Cid Gomes, que apoiou a candidatura do pedetista à Prefeitura quando era governador do Ceará, nas eleições de 2012. Os dois acabaram ficando em lados opostos do racha interno do PDT, após o partido decidir lançar a candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Ceará nas eleições de 2022. 

PT fraco nas urnas e aliados de Lula apoiando Tarcísio aumenta pressão por reforma ministerial

Mônica Bergamo / FOLHA DE SP

 

O encerramento das eleições municipais e o desempenho fraco do PT e de aliados nas urnas intensifica a pressão para que Lula faça uma ampla reforma ministerial.

A POSTOS

De acordo com ministros e lideranças partidárias, a mudança é necessária para reorganizar a tropa numa batalha pela melhora na aprovação do governo e do próprio presidente.

PARA ONTEM

As urnas teriam mostrado que a medida é urgente: mesmo com desemprego baixo, inflação controlada, renda em alta e economia crescendo, a maioria dos candidatos apoiados pelo governo fracassaram. E a aprovação de Lula segue no mesmo lugar: 35% consideram a sua gestão ótima ou boa, segundo o Datafolha, e 51%, segundo o instituto Quaest, respondem que aprovam o trabalho do petista.

NO ATAQUE

Com esses índices, o presidente estaria longe de ser um candidato imbatível em 2026. Ao governo faltaria não apenas uma boa comunicação, mas também um time que jogasse no ataque na política, debatendo e dando maior visibilidade a políticas públicas da administração.

MURO ALTO

Uma outra razão para uma reforma seria estabelecer quem, de fato, estará com Lula na reeleição, caso ele seja mesmo candidato em 2026. O MDB, por exemplo, tem três ministérios no governo —mas fez aliança com Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo em torno da candidatura à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

MURO ALTO 2

O PSD, presidido por Gilberto Kassab, conseguiu se equilibrar até agora entre apoiar o governo Lula, com ministérios, e apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ocupando secretarias no estado.

MURO BAIXO

A equação não seria mais possível caso Lula e Tarcísio se enfrentem nas urnas em 2026. Ministros cobram que, desde já, o governo tente uma definição, já que não faria sentido o PSD comandar orçamentos federais mantendo um pé no barco do principal adversário do petista.

 

Depois de Lula e João Campos, Alckmin participa de ato com Evandro em Fortaleza e critica André

Escrito por Igor Cavalcante/Marcos Moreira / DIARIONORDESTE

 

Dois dias após receber o prefeito reeleito de RecifeJoão Campos (PSB), e seis dias após a visita do presidente Lula (PT), o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Evandro Leitão, recepcionou o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), nesta quinta-feira (17). As visitas integram uma sequência de atos de apoio à campanha do petista, que disputa o segundo turno. O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e a vice-governadora, Jade Romero (MDB), participaram da reunião. 

No encontro, Alckmim e Evandro conversaram com empresários no Hotel Sonata, na Praia de Iracema. O vice-presidente defendeu que o petista é o nome que melhor pode “trabalhar junto” com o Estado e o Governo Federal em prol da população. Ele aproveitou para fazer críticas a André Fernandes (PL), que disputa o segundo turno na Capital.

“Queria repetir o que dizia o Mário Covas: 'Você pode ter alguém um pouco mais alto, um pouco mais magro, um pouco mais à esquerda, um pouco mais à direita, agora, o que divide mesmo na política é quem tem apreço pela democracia e quem não tem'. Essa é a grande divisão, nós estamos do lado de uma pessoa que tem apreço pela democracia, acredita na ciência, não é negacionista”, completou.

Agradecendo o apoio de Alckmin, Evandro reforçou a promessa de que, se eleito, irá trabalhar para "levar justiça social à população e reduzir as desigualdades sociais". Ele prometeu fazer “fortes intervenções” na Cidade. “Sobretudo no vetor do turismo, da área de serviço, por isso, viemos aqui ouvir o nosso vice-presidente. Ele conhece bastante o nosso País, em especial essa área do desenvolvimento econômico, e é motivo de muito orgulho estar aqui tendo a oportunidade de escutá-lo porque nós queremos fazer de Fortaleza a cidade das oportunidades”, afirmou.

Reforçando o apoio a Evandro, o ministro Camilo Santana e o governador Elmano de Freitas retomaram a polarização da disputa na Capital defendendo o alinhamento entre as gestões municipal, estadual e federal. Camilo ainda comentou sobre o apoio de ex-aliados, como o ex-prefeito Roberto Cláudio, à campanha de André Fernandes.

“Agora, todo mundo resolveu se unir contra nós, todos, muitas vezes incoerentemente, resolveram se unir contra a candidatura de Evandro. Nós somos o time que defende a democracia e, por amor a Fortaleza, eu tenho dito que é importante as pessoas fazerem uma reflexão, conhecer a história de cada candidato, conhecer quem é que pode fazer mais por Fortaleza”, concluiu.

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