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Cláudio Pinho cobra maior orçamento para o Tribunal de Justiça do Ceará

Por Gleydson Silva / ALECE

 

Deputado Cláudio Pinho (PDT) - Foto: Paulo Rocha

 

O deputado Cláudio Pinho (PDT) cobrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta terça-feira (19/09), maior orçamento para o Tribunal de Justiça do Estado (TJCE), que, segundo ele, seria o menor do Brasil. 

De acordo com o parlamentar, o “custo da Justiça” no Ceará é de R$ 164,10 por habitante, enquanto no Distrito Federal é de R$ 1.046,90, mesmo com uma população menor. Diante do cenário, o deputado afirmou que “é difícil fazer justiça sem ter condições de contratar servidor e contratar mais juízes. Tem juízes que respondem por cinco ou seis comarcas. O Tribunal não faz concurso porque não tem recursos para poder manter a estrutura do Tribunal de Justiça”, avaliou.

Apesar do orçamento, o Tribunal consegue ter um elevado índice de julgamento de processos, conforme Cláudio Pinho. Ele apontou que foram R$ 31,5 milhões de ações que deram entrada em um ano. “É muita coisa. Para tudo isso são necessários servidores, material e os julgadores. Portanto, fica aqui o alerta para que no orçamento do próximo ano consigamos mais recursos para a Justiça do Ceará e o Tribunal ter maior orçamento para poder atender a população”, ressaltou. 

Cláudio Pinho rebateu ainda as acusações do prefeito de São Gonçalo do Amarante, que teria afirmado que o deputado, quando prefeito do município, teria “dado um rombo" na Previdência do Município.

“O Instituto de Previdência, quando eu assumi, tinha R$ 22 milhões na conta. Quando eu entreguei tinha R$ 92 milhões, em oito anos. O presidente fez alguns investimentos, que no primeiro ano deram lucro e depois passaram a dar prejuízo. Ele mesmo me informou que fez esses investimentos porque, nos bancos oficiais, estavam dando 12% negativo os investimentos que eram feitos através do instituto. A forma como ele [prefeito de São Gonçalo do Amarante] abordou parecia que eu tinha desviado, cometido um ato de corrupção. Isso é leviandade. Isso é maldade”, ressaltou Cláudio Pinho.

O deputado Moésio Loiola (Progressistas) apontou a necessidade de aproximar a Justiça dos municípios que não possuem comarca, a fim de beneficiar a cidade com acesso aos serviços. “Groaíras deixou de ser comarca. Todo serviço de Groaíras é em Cariré. Tem que ter algum referencial para que esse serviço seja prestado”, disse.

Já o deputado Almir Bié (Progressistas) enfatizou os resultados da gestão de Cláudio Pinho quando foi prefeito de São Gonçalo do Amarante, com foco em emprego e educação. “São Gonçalo tinha escolas nota dez, hoje não tem mais. O município está andando para trás”, afirmou. 

Edição: Lusiana Freire

Evandro Leitão comenta período à frente do Governo do Estado e anuncia apoio à Santa Casa

Por Gleydson Silva / ALECE

 

Presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PDT), durante pronunciamento - Foto: Paulo Rocha

 

O deputado Evandro Leitão (PDT) fez um balanço, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta terça-feira (19/09), das atividades de que participou nos dez dias em que esteve à frente do Governo do Estado e anunciou apoio de deputados à Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, por meio de verbas do Programa de Cooperação Federativa (PCF).

De acordo com o parlamentar, nesse período como governador em exercício, foram feitas mais de quarenta visitas, em equipamentos das mais diversas áreas, como social, educacional, saúde, habitacional, de segurança alimentar e nutricional, segurança pública, entre outras. “Conhecemos e tivemos nossas constatações. Fiquei feliz diante do que vi. Diversos programas e projetos, nos mais diversos segmentos, estão em andamento no nosso Estado”, disse.

No setor da saúde, Evandro Leitão visitou cinco unidades hospitalares: Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital Leonardo Da Vinci, Hospital Albert Sabin, Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO) e Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, onde foi possível ouvir os anseios dessa unidade.

“Queremos salvar a Santa Casa de Misericórdia, auxiliar e ter a condição de tirá-la da UTI em que se encontra. A unidade tem um déficit de aproximadamente R$ 40 milhões. Ontem tivemos lá uma reunião, com quase 20 deputados, e nos comprometemos, enquanto Casa Parlamentar, de fazer uma doação de R$ 15 milhões dos nossos próprios PCFs. Isso não é obrigação de nenhum e nem quero constranger ninguém, mas pedimos aos deputados e deputadas que cada um faça uma doação”, destacou o parlamentar. 

De acordo com o deputado, atualmente, o Estado destina para a Santa Casa de Misericórdia mais de R$ 6 milhões, no entanto a demanda da unidade é maior. “Óbvio que isso não dá. Precisa da ajuda de todos nós e, por isso, o motivo da minha provocação aos deputados e deputadas. Isso é bandeira da Assembleia Legislativa, dos 46 parlamentares. Por isso chamo todos para dar essa ajuda a essa casa séria, de credibilidade, que realiza relevantes serviços para a população cearense”, ressaltou.

Evandro Leitão também comentou que visitou duas unidades escolares em Fortaleza e destacou que o governador Elmano de Freitas, há 15 dias, assinou ordem de serviço para construir, reformar e ampliar 22 unidades escolares no Estado, com cerca de R$ 175 milhões em investimentos. 

O chefe do Legislativo celebrou que o Ceará conta com uma escola na lista das três melhores do mundo. A Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Joaquim Bastos Gonçalves, de Carnaubal, integra o ranking do World’s Best School Prizes - em português, Prêmio Melhores Escolas do Mundo. “Estamos entre as três e esperamos que nossa escola de Carnaubal seja escolhida como a melhor do mundo. Mas já é um grande avanço. Quem diria que um dia iríamos ver uma escola pública tão desenvolvida prestando um grande serviço à população cearense”, observou.

Já na área social, Evandro Leitão destacou que foram visitados vários equipamentos, além do anúncio do programa Criando Oportunidade, com 11,5 mil vagas para capacitação profissional. “Esse é um programa tão interessante que, quando o capacitado termina a qualificação, ele sai com um kit daquele curso que ele fez. Se for na área de mecânica de motos, ele sai com um kit de mecânica. Se for na área de doces e salgados, ele sai com um kit para começar seu empreendimento. De cabeleireiro, a mesma coisa. Isso é muito importante”, afirmou.

Outro programa lançado foi o Zona Viva, que traz atividades de qualificação profissional, cultura, esporte e lazer para a população dos residenciais de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Os cursos e as atividades são definidos a partir de um processo de escuta coletiva realizado no local. 

No setor social, o presidente da Alece falou sobre a implantação das cozinhas comunitárias no Ceará, que já contam com 53 equipamentos, que devem servir 100 mil refeições aos cearenses que mais precisam. “Aqui agradeço também aos colegas deputados pelo apoio aos governos Estadual e Federal, entregando 300 kits de cozinhas comunitárias”, reiterou.

Na área da segurança pública, Evandro Leitão visitou o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), que irá integrar os órgãos estaduais da área. Sobre a área da habitação, o deputado compartilhou que foi ao Residencial Cidade Jardim III, em que o Estado irá entregar 416 apartamentos, em dezembro, contemplando cerca de 1,6 mil pessoas. No Cidade Jardim IV, o Governo entregará, em abril do próximo ano, 1.296 moradias, para 5 mil pessoas.

O presidente do Legislativo também convidou a população do Maciço de Baturité para participar da 7ª edição da Assembleia Itinerante, que será realizada no município de Baturité, entre os dias 25 e 28 de outubro. “Essa iniciativa de aproximação da Assembleia com o povo cearense é baseada sobretudo em três pilares, voltados para: cidadania, com feira de serviços; formação educacional e valorização da arte e da cultura”, afirmou.

O deputado ressaltou ainda a realização da Semana da Mediação, realizada pelo Centro de Mediação e Gestão de Conflitos; o projeto Donas de Si, da Procuradoria Especial da Mulher; a Sala do Empreendedor em Cariré e o lançamento da Escola de Governança e Liderança, pela Escola Superior do Parlamento (Unipace).

Em aparte, os deputados enalteceram postura de Evandro Leitão, ressaltando que ele se portou à frente do Executivo com o olhar atento para as mais diversas áreas e políticas públicas, e enalteceram a atenção especial à Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. 

Se manifestaram os deputados Leonardo Pinheiro (Progressistas), Marcos Sobreira (PDT), De Assis Diniz (PT), Moésio Loiola (Progressistas), Alysson Aguiar (PCdoB), Simão Pedro (PSD), Osmar Baquit (PDT), Jô Farias (PT), Fernando Hugo (PSD), Agenor Neto (MDB), Romeu Aldigueri (PDT) e Sérgio Aguiar (PDT).

Edição: Lusiana Freire

 

Alece lança programa Escola de Governança e Liderança por meio da Unipace

Por Gleydson Silva / ALECE

 

Presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PDT), durante lançamento do Programa Escola de Governança e Liderança - Foto: José Leomar

 

A Assembleia Legislativa do Ceará, por meio da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace), lançou, na manhã desta segunda-feira (18/09), o programa Escola de Governança e Liderança. Serão oferecidos os cursos “Gestores Presentes”, “Liderança e Igualdade de Gênero: Mulheres 2030” e “Liderança Feminina”, que acontecerão em Fortaleza e Tauá. 

A iniciativa forma e conecta líderes cívicos e sociais em pautas de impacto, conectados com a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), e visa à construção de redes para a prosperidade e o objetivo de gerar maior confiança na democracia, nas instituições e no futuro. O programa é uma parceria entre a Alece, por meio da Unipace, com a Federação do Comercio do Ceará (Fecomércio); Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS).

O presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou que essa qualificação profissional vai ao encontro do foco do Ceará no âmbito educacional e qualifica gestores públicos municipais, algo importante para o fortalecimento do Estado. O parlamentar avaliou que ainda existe um vácuo na capacitação de gestores públicos, sobretudo no interior do Estado.

“Mesmo com toda a tecnologia e avanços que temos hoje, ainda existe um hiato de formação. E é nessa conjuntura que estamos sempre tentando ofertar cursos para que os gestores interessados possam, cada vez mais, estar se capacitando e fazendo um serviço público mais eficiente para a população”, afirmou Evandro Leitão. 

A presidente da Unipace, deputada Gabriella Aguiar (PSD), afirmou que, com o curso lançado, oferece também a oportunidade de conhecimento mais amplo sobre a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, assim como de fortalecer a liderança feminina. “É a gente mostrando que acreditamos no futuro, que vamos encontrar novas lideranças, lideranças femininas bem capacitadas e bem formadas. Esse é um compromisso do presidente Evandro Leitão e estamos à frente por esse objetivo”, destacou.

Para o vice-presidente da Unipace, deputado Renato Roseno (Psol), essa parceria da Escola do Parlamento com o Sistema S é muito importante, pois são entidades com longa trajetória e expertise na capacitação profissional, onde, neste momento, faz-se presente formando gestores públicos.

“São três edições agora neste semestre: uma para parlamentares municipais, outra para vereadoras mulheres e a terceira sobre gênero e desigualdade. Para nós, isso é muito importante, na medida em que se qualifica a gestão municipal, que é a mais próxima do cidadão. E se qualifica a gestão municipal através da sua instituição mais aberta, que é o Parlamento. Se tivermos parlamentos mais qualificados nos municípios, isso incide positivamente na população”, apontou Renato Roseno.

O secretário do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana – que também representava o governador Elmano de Freitas –, caracterizou a parceria da Unipace com o Senac e o CIEDS como fundamental para a qualificação de agentes públicos. Segundo ele, a governança é uma premissa na gestão e na política pública, principalmente quando se fala em transparência. “Não podemos pensar em política pública que leve em consideração os anseios da sociedade. Quando falamos em efetividade, eficiência e eficácia, também são princípios importantes. Com tudo isso, quando se gera na sociedade uma política pública que leva em consideração a governança, gera na sociedade o sentimento de pertencimento”, disse.

Para o presidente da Fecomércio Ceará e deputado federal Luiz Gastão Bittencourt, é necessário que os parlamentares estejam sempre “antenados” com o que acontece no mundo diariamente, afinal o parlamento é a instituição que deve estar mais próxima da população. “O parlamentar tem que conhecer o papel dele, não só na fiscalização do Executivo, mas também olhando para as políticas públicas, observando o que tem sido feito no mundo”, destacou.

O diretor-presidente do CIEDS, Vandré Brilhante, ressaltou que o curso busca formar a participação social cidadã e tem, entre os conteúdos: o desenvolvimento regional, desenvolvimento local, o que é ser vereador, entre outros. “Vamos trabalhar também com os objetivos do milênio, assuntos como voto popular, mídia digital e como fazer um plano de carreira política. Contem com nossa equipe para esse processo”, enfatizou.

Participaram também do lançamento do programa Escola de Governança e Liderança representantes da Fecomércio, do Senac, servidores da Assembleia Legislativa e alunos da primeira turma do curso.

SERVIÇO

Curso: Gestores Presentes

Público-alvo: vereadores do estado do Ceará

Carga horária: 20 horas

Turma 1 – Tauá – 15 e 16/09/2023

Turma 2 – Fortaleza – 18 e 19/09/2023

Curso: Liderança e Igualdade de Gênero: Mulheres 2030

Público-alvo: lideranças femininas do estado do Ceará

Carga horária: 20 horas

Turma 1 – Tauá – 19 e 20/10/2023 

Turma 2 – Fortaleza – 23 e 24/10/2023 

Curso: Liderança Feminina 

Público-alvo: lideranças femininas do estado do Ceará 

Carga horária: 20 horas 

Turma 1 – Tauá – 23 e 24/11/2023 

Turma 2 – Fortaleza – 27 e 28/11/2023

Edição: Lusiana Freire 

Deputados se reúnem com provedor da Santa Casa e oferecem apoio à instituição

Por Davi Holanda ; ALECE

 

- Foto: Júnior Pio

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Evandro Leitão (PDT), acompanhado de uma comitiva de 18 deputados estaduais, reuniu-se, na manhã desta segunda-feira (18/09), com o provedor-geral da Santa Casa de Fortaleza, Vladimir Spinelli Chagas, para discutir a situação da instituição. Na ocasião, o parlamentar anunciou o apoio financeiro dos parlamentares ao hospital.

Este repasse se dará por meio da captação de recursos oriundos de emendas parlamentares, que serão destinados em prol da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza, que, segundo seu provedor, enfrenta dívidas e um déficit mensal no valor aproximado de R$ 2 milhões.

O presidente Evandro Leitão informou que a captação de recursos contará ainda com o apoio de deputados federais, que irão ajudar, além da Santa de Casa de Fortaleza, a unidade localizada no município de Sobral. 

“Os deputados estaduais envolvidos na iniciativa já liberaram uma parte dos seus recursos, para que a gente possa dar uma ajuda à Santa Casa. Já em relação aos deputados federais, nós teremos uma reunião com eles no dia 2 de outubro para pedir essa ajuda, tanto para a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza como para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral”, adiantou o parlamentar.

“O mais importante disso tudo é que a gente possa estar sendo solidários com essas entidades e reconhecer o brilhante serviço que elas prestam para a sociedade cearense e para a sociedade fortalezense. E, nesse momento, a palavra de ordem é termos empatia para nos transportarmos ao outro. E nós estaremos ajudando com essa pequena contribuição para que a Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e de Sobral não entrem no processo de falência e fechamento”, enfatizou Evandro Leitão.

Durante a reunião, o provedor da Santa Casa de Fortaleza, Vladimir Spinelli Chagas, informou o cenário atual da instituição, que enfrenta dívidas e um déficit mensal. Ainda de acordo com ele, 95% dos recursos destinados à Santa Casa advêm do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 5% oriundos de doações, emendas e parcerias.

Participaram ainda da reunião Luiz Marques, ex-provedor da Santa Casa, e os deputados Romeu Aldigueri (PDT), Sérgio Aguiar (PDT), Guilherme Landim (PDT), Guilherme Sampaio (PT), Guilherme Bismarck (PDT), Gabriella Aguiar (PSD), De Assis Diniz (PT), Lucinildo Frota (PMN), Antônio Granja (PDT), Fernando Santana (PT), Agenor Neto (MDB), Larissa Gaspar (PT), Firmo Camurça (União), Dr. Oscar Rodrigues (União), Osmar Baquit (PDT), Juliana Lucena (PT), Dra. Silvana (PL) e Marcos Sobreira (PDT).

Edição: Clara Guimarães

Em Nova York, Lira destaca compromisso da Câmara com a sustentabilidade

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reforçou o compromisso do Parlamento com a sustentabilidade e destacou a agenda legislativa neste semestre com a chamada pauta verde. Ele participou de evento em Nova York, promovido pela Fiesp e CNI, antes de participar da Assembleia Geral da ONU. “A atual legislatura já provou que deseja fazer a diferença no Parlamento, e sou testemunha do interesse e empenho dos deputados federais em torno do desenvolvimento sustentável”, defendeu Lira.

Lira lembrou que foi criada uma comissão especial para debater a transição energética e propor um marco regulatório sobre o tema. A expectativa, segundo ele, é que o relatório seja apresentado em novembro, podendo ser votado ainda neste ano pelo Plenário. A chamada transição energética caracteriza-se pela mudança nos processos de geração e consumo de energia de fontes não renováveis e mais poluentes (petróleo, carvão, por exemplo), para fontes de energias renováveis (energia solar, eólica, biomassa).

“A transição energética é uma realidade que se impõe no mundo de hoje. Em todos os países, as pessoas clamam por um ecossistema equilibrado, por cidades livres de poluição e florestas preservadas. O Brasil consolidou uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo: 47% da nossa oferta interna de energia vêm de fontes renováveis, enquanto a média dos países da OCDE é de 11,5%. Na matriz elétrica brasileira, a participação de fontes renováveis alcança quase 88%”, disse o presidente em seu discurso.

Outra proposta destacada por Lira, e que está em discussão na Câmara, é o projeto de regulação da geração de energia em alto-mar. Lira destacou que o debate sobre o tema está avançado na Casa.

“Embora ainda exista espaço para o crescimento de geração eólica em terra, convém olhar para um horizonte ampliado, para investimentos de longo prazo no setor energético. Acreditamos que será um importante veículo de segurança jurídica e poderá orientar e catalisar investimentos no setor”, afirmou.

Segundo Lira, outra matéria que está sendo amadurecida na Câmara é a regulação do mercado de crédito de carbono. O incentivo econômico à conservação e proteção do meio ambiente se traduz em títulos, os créditos de carbono, que podem ser comprados ou vendidos. Cada crédito corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2).

“Em particular, a proposição pode fomentar a busca por processos industriais mais eficientes e menos poluentes, trazendo inovação para a indústria nacional e abrindo as portas do país para a indústria verde”, disse Lira.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Wilson Silveira

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Girão: julgamento no STF dos acusados nos ataques do 8 de janeiro é político

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou como “político” o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) dos primeiros acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Ele disse, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (18), que a primeira sentença aplicada, de dezessete anos de reclusão, ao réu Aécio Lúcio Costa Pereira, foi desproporcional. Ressaltou que nenhum dos denunciados tinha antecedentes criminais. Ao criticar a decisão do STF, Girão afirmou que a intenção dos ministros seria a de reprimir mobilizações populares pacíficas.

— Vejo que não temos mais democracia no Brasil. Estamos caminhando a passos largos para uma ditadura. Quero dizer, que os dois pesos e as duas medidas, com viés ideológico nítido nesses julgamentos, ficam muito claros. Quando comparamos as manifestações violentas nas mesmas proporções das invasões e depredações do dia 8 de janeiro, as que foram realizadas em 2006 e em 2017 não tiveram, acreditem se quiser, nenhuma prisão nem condenação — comparou.

Segundo ele, alguns ministros do STF, que não tinham argumentos para defender as suas teses, acabaram por atacar os advogados de defesa do réu com o objetivo de desqualificá-los por um erro na menção a um livro. Porém, para o senador os ministros parecem esquecer da verdadeira essência do problema, que é a destruição da Constituição.

— Esse julgamento não deveria estar acontecendo no Supremo Tribunal Federal. Está errado! A Constituição do país tem que ser obedecida. Era para estar na primeira instância. Por que essa usurpação desse Poder que manda e desmanda neste país? Por omissão nossa também, só existe esse desrespeito ao Parlamento porque o Senado ainda não deliberou sobre um pedido de impeachment de um dos ministros [do STF], porque tem aí mais de seis dezenas engavetados — avaliou.

Fonte: Agência Senado / AÚDIO

Pior a emenda

Enquanto o Supremo Tribunal Federal ensaia discreto avanço na política sobre drogas, com placar de 5 a 1 a favor da descriminalização do porte de maconha até agora, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), indica retrocesso no tema que pode piorar a já calamitosa situação dos cárceres brasileiros sem ganho algum em segurança pública.

Pacheco apresentou na última quinta-feira (14) Proposta de Emenda à Constituição que criminaliza o porte e a posse de drogas, desconsiderando quantidade ou substância. O senador quer incluir no Artigo 5 da Constituição Federal, destinado a garantias e direitos fundamentais, um dispositivo que, na prática, consolida a arbitrariedade judicial e policial.

De acordo com o texto da PEC, "a lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar".

Pacheco já escrevera para a Folha defendendo que cabe ao Poder Legislativo debater a política criminal, e não ao Judiciário. Mas a emenda é pior que o soneto.

O válido argumento de que cabe ao Congresso propor leis sobre o tema não pode servir como desculpa para retrocessos que violem os direitos dos usuários.

 

O Estado não deveria penalizar de forma paternalista o consumo pessoal de substância psicoativa, mesmo sob argumento de resguardar a saúde do usuário —até porque criminalizar não é proteção.

A emenda reforça a principal causa de prisão por crimes relacionados a entorpecentes desde a adoção, em 2006, da Lei de Drogas: a falta de critérios que diferenciem traficante de usuário, que impacta sobretudo negros e pobres.

Ao determinar que o crime ocorreria "independentemente da quantidade", a proposta retira do da lei qualquer resquício de proporcionalidade entre gravidade da conduta e sua punição.

Outro aspecto irrazoável está em expandir a proibição para quaisquer drogas, sem considerar a gravidade de seus efeitos atestada por pesquisas científicas.

Outros países, sobretudo os mais democráticos, têm substituído repressão penal por políticas focadas em saúde. Cerca de 30 nações tão diversas quanto Armênia, Bélgica, Chile e Quirguistão já descriminalizaram porte para uso pessoal. Não se seguiu qualquer caos social, nesses casos, que justifique o alarmismo da medida de Pacheco.

O tempo dos parlamentares seria mais bem aproveitado se debatessem formas de avançar a legislação brasileira além do entendimento por ora majoritário do STF. A política de drogas é questão de saúde, não de cadeia.

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Senado vê interferência do STF e avalia retomar temas julgados pelo tribunal

João Gabriel / FOLHA DE SP

 

Após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentar uma PEC (proposta de emenda à Constituição) para criminalizar qualquer porte ou posse de droga, os senadores avaliam mais duas medidas contra temas pautados no STF (Supremo Tribunal Federal): os impostos sindicais e o aborto.

A visão entre líderes do Senado ouvidos pela Folha é a de que o Supremo tem invadido a competência do Congresso de legislar. E a forma de reagir a isso é alterando o texto da Constituição.

Neste sentido, a primeira reação foi a PEC, apresentada por Pacheco na última quinta-feira (14), para criminalizar a posse e o porte de drogas, independentemente da quantidade ou da substância.

A medida foi protocolada menos de um mês após o Supremo retomar o julgamento da descriminalização do porte de drogas para uso pessoal a partir da interpretação de um artigo da lei 11.343/2006, a chamada Lei de Drogas. O placar está em 5 a 1 a favor da descriminalização.

"A lei considerará crime a posse e o porte, independentemente da quantidade, de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar", diz o texto proposto por Pacheco, que já escreveu artigo para defender que o STF não tem competência para tratar do tema.

O trecho seria acrescido na forma de inciso ao artigo 5º da Constituição.

Senadores e deputados federais protestam contra o julgamento com o argumento de que a medida deveria ser discutida pelo Congresso, não pelo STF. No início do mês passado, Pacheco disse que as "discussões políticas" deveriam ocorrer em âmbito político

Outro julgamento que causou incômodo no Senado foi o do imposto sindical.

Na última segunda (11), o STF definiu que os sindicatos poderão cobrar contribuição assistencial de todos os trabalhadores representados por eles, sejam sindicalizados ou não.

Segundo a tese, aprovada por maioria de votos, é permitida a cobrança da contribuição, desde que o trabalhador não sindicalizado tenha o direito de se opor a ela.

O terceiro tema, que ainda não foi tema de decisão do STF, é o aborto.

Na última terça (12), a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, liberou para julgamento a ação que trata da descriminalização do aborto durante o primeiro trimestre de gestação —ela é a relatora.

A ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 442, apresentada pelo PSOL em 2017, ainda não tem data para ser julgada.

A ação questiona a violação de direitos fundamentais das mulheres diante da manutenção do atual entendimento no país sobre aborto. A lei brasileira criminaliza o aborto com apenas três exceções: risco de vida, gravidez resultante de estupro e feto anencéfalo.

Também pede que sejam excluídas a incidência de artigos do Código Penal sobre a interrupção induzida e voluntária da gestação nas primeiras 12 semanas.

Na visão de senadores, esse tipo de assunto é legislativo e, portanto, deveria ser tratado pelo Congresso.

Os três temas vêm sendo discutido pelas lideranças nos corredores e também nas reuniões semanais, que definem as pautas que serão votadas pelo Senado.

Foi em um desses encontros, na semana passada, em que foi batido o martelo sobre a PEC antidrogas, que acabou anunciada por Pacheco logo após o fim da reunião.

Segundo presentes, a Casa ainda estuda como se posicionar diante dos outros dois assuntos.

Especificamente acerca do aborto, a tendência, na visão dos parlamentares, é que a PEC seja mais conservadora que a decisão do STF, em razão da composição do colégio de líderes —a reunião costuma ser amplamente composta por homens.

"Esses temas são muito caros aqui e a tendência é fazer algo parecido [com o caso das drogas]", afirmou Izalci Lucas (PSDB-DF). "Não tenho dúvidas de que a questão do imposto e do aborto, a depender do que o Supremo definir, serão questionadas."

Ele afirma que o debate no Legislativo, além de estar previsto na divisão de competência dos Poderes, também dá mais segurança jurídica às decisões sobre esses temas.

"Então a gente precisa restabelecer essa segurança [jurídica], com os limites de cada Poder, e para isso temos a Constituição, e cabe ao Supremo cuidar dela", afirma.

Segundo Pacheco, no dia da apresentação da PEC antidrogas, a única ressalva para a proibição deve ser o uso de substâncias para uso medicinal (como a Cannabis medicinal). No dia, ele também ressaltou que o tema deve ser regulamentado pelo Legislativo.

O presidente do Senado afirmou que a avaliação dos líderes do Casa é de que a política antidrogas no país deve ser "rígida".

"O entendimento do Senado é no sentido de que a política antidrogas deve envolver a recriminação do tráfico ilícito de entorpecentes com veemência. E que a descriminalização do porte para uso, de maconha ou qualquer outra droga, sem uma política pública discutida no Congresso, é uma decisão isolada que afeta o combate ao tráfico de drogas", disse, na última quinta, após a reunião semanal com as lideranças dos partidos.

Ministros e especialistas que defendem a definição de critérios objetivos para a distinção entre usuários e traficantes argumentam que o modelo atual penaliza mais pessoas negras e pobres.

Fernando Hugo critica espetacularização de ações de combate à corrupção

Por Luciana Meneses / ALECE

 

Deputado Fernando Hugo (PSD) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Fernando Hugo (PSD) criticou, no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará desta quinta-feira (14/09), a espetacularização de ações de combate à corrupção e cobrou por mais seriedade na investigação de denúncias.

Na visão do parlamentar, a corrupção ainda é algo tão presente e forte no Brasil graças à impunidade daqueles que a cometem. “A Câmara dos Deputados anunciou a instalação de uma Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção. Assisto a essa 'lenga-lenga' há centenas de anos e vejo mais gente querendo aparecer do que mudar essa realidade. Nós precisamos é aprimorar leis que imprimam seriedade nas investigações em vez de midiatizar qualquer operação”, avaliou. 

“Quantos e quantos políticos deveriam ter sido cassados há anos e graças aos recursos da justiça, isso não se resolve e essas pessoas se reelegem?”, questionou Fernando Hugo ao considerar os demasiados recursos possíveis em processo de corrupção como um “estímulo para a corrupção”. 

Para o deputado, a justiça acaba por ser “condescendente” ao permitir tantos recursos, o que leva muitas vezes o processo a prescrever e os culpados nunca serem penalizados pelos crimes cometidos. “Se rouba e não se paga por isso. Precisamos de uma justiça séria e, principalmente, que trabalha livre de espetacularização”, sugeriu.

Em aparte, o deputado Cláudio Pinho (PDT) frisou também a abordagem nas investigações, maculando a imagem de investigados, para no final o processo prescrever. “O pior é quando fazem a investigação, busca e apreensão, prisão de gestores, e depois o processo fica parado nas prateleiras e prescreve. Se é inocente ou culpado, não se consegue saber. Tem que ir até o final do processo”, apontou. 

Edição: Lusiana Freire

Felipe Mota ressalta reunião da Enel na Alece e faz críticas à concessionária de energia

Por Gleydson Silva / ALECE

 

Deputado Felipe Mota (União) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Felipe Mota (União) ressaltou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Ceará, nesta quinta-feira (14/09), a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuidora de Energia, que aconteceu nesta quarta-feira (13/09), na Alece. O colegiado recebeu o presidente da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce), Hélio Winston Leitão.

Entre os pontos que chamaram a atenção na fala do presidente, segundo o deputado, está o fato de as multas aplicadas pela Arce à Enel não voltarem para os cofres do Estado como recursos para serem investidos no Ceará. “Como vamos conseguir explicar aos cearenses que a energia deles aumentou quase 30% ano passado e a Arce não pode fazer nada para pressionar a Enel?”, questionou.

Outro ponto questionado é a falta de autonomia da Arce de ao menos opinar quando a Enel sugere fazer mudanças na operação, pois há uma proibição do Sistema Nacional. “Se a Arce não existisse, aqui estaria pior. Por muitas vezes eles fiscalizam e emitem documentos”, avaliou. 

As faixas sociais, que possibilitam descontos para grupos de pessoas, sofreram mudanças. Conforme Felipe Mota, 113 mil famílias cearenses foram impactadas por uma mudança feita pela Enel, sem comunicar o Governo do Estado, para atualização do cadastro das famílias. De acordo com o deputado, é necessário contato por central telefônica, mas o sistema é falho, e as pessoas não conseguem fazer, como testou o próprio presidente da Arce perante a diretoria da Enel. 

Para o deputado, é necessário cobrar mais o cumprimento do contrato de concessão junto ao Governo do Estado, pois a Enel não repassa para o Governo do Estado recursos que deveriam ser destinados para a execução de um plano de investimentos. “Esse plano de investimento diz que o Estado tem direito a 1% do que a Enel arrecadar no ano anterior. O Ceará tem esse recurso guardado lá na Enel para fazer esses investimentos. Esse dinheiro não pode ficar guardado. Ele tem que vir para uma conta do Estado. E quem vai decidir o que fazer e licitar é o Governo”, ressaltou.

Felipe Mota cobrou ainda ao Governo do Estado a construção de hospitais regionais nas regiões do Maciço de Baturité e do Centro-Sul. “É importante que tenhamos políticas públicas para tratar o que está acontecendo hoje lá em Baturité. Cento e quatorze mulheres fizeram denúncias contra nossa única maternidade da região, que, por falta de assistência e investimentos públicos, ficaram sem material para trabalhar e têm cometido verdadeiros absurdos em partos”, afirmou. 

O deputado Cláudio Pinho (PDT), em aparte, pediu aos integrantes da CPI que verifiquem a possibilidade da “volta da Coelce”, questionou a falta de repasse de recursos para investimentos, além de problemas recorrentes com consumidores. “O que sobra para os cearenses? Só pagar as contas e ter os equipamentos dentro de casa queimados? Tem que ter uma providencia mais dura e, se for o caso, cassar a concessão dessa distribuidora de energia do Ceará”, pontuou.

A deputada Dra. Silvana (PL) também reforçou a falta de compromisso da Enel com a ligação de energia, seja em locais públicos ou templos religiosos. “Estamos com a população para retirar e repreender essa nefasta empresa do nosso Estado”, disse.

Edição: Lusiana Freire

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