Análise: No Jornal Nacional, um Alckmin que dobra a aposta no estilo... Alckmin
O modelo entrevista-sabatina do Jornal Nacional com os presidenciáveis já se tornou um clássico das campanhas brasileiras. Todos os candidatos competitivos são duramente escrutinados em relação a fragilidades de suas candidaturas e aspectos relevantes de seus programas. Nesta quarta-feira, foi a vez de Geraldo Alckmin. E o tucano, para o mal e para o bem, fez valer sua fama de picolé de chuchu.
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Alckmin foi duramente confrontado com as acusações de corrupção contra integrantes de partidos aliados, políticos do próprio PSDB e assessores dos governos tucanos em São Paulo. Alckmin tergiversou, minimizou, usou o nada novo bordão de que há bons quadros em todas as legendas, mas o que ficou foi a frase lembrada por Renata Vasconcellos: diga-me com quem anda, que te direi quem és.
Por que o PT insiste no nome de Lula
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá julgar até amanhã se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, preso em Curitiba e, segundo a Lei da Ficha Limpa, inelegível – poderá ser apresentado como candidato na propaganda eleitoral no rádio e na TV. É provável também que já indefira a candidatura de Lula, embora tenha mais uma semana para tomar a decisão.
A partir deste fim de semana, portanto, o PT terá de encarar a realidade: seu candidato terá de ser o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, apresentado como vice na chapa de Lula. Mesmo assim, a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffman, insiste que Lula será o candidato.
Alckmin diz ao JN que chefes de facção não dão ordens de dentro do presídio e nega irregularidades no Rodoanel
O candidato a presidente da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, negou nesta quarta-feira (29), em entrevista ao Jornal Nacional, que os presídios de São Paulo – estado governado por ele durante 11 anos – sejam controlados por facção criminosa.
Ele também negou irregularidades na obra do Rodoanel, em São Paulo, e defendeu Laurence Casagrande, ex-presidente da Dersa, empresa de infraestrutura viária do estado. Casagrande é um dos 12 indiciados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento no suposto esquema de desvio de dinheiro das obras do trecho norte do Rodoanel.
TV Globo recebeu R$ 6,2 bilhões de publicidade federal com PT no Planalto
FERNANDO RODRIGUES
DO UOL / FOLHA DE SP
A Rede Globo e as 5 emissoras de propriedade do Grupo Globo (em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília e Recife) receberam um total de R$ 6,2 bilhões em publicidade estatal federal durante os 12 anos dos governos Lula (2003 a 2010) e Dilma (2011 a 2014).
Como a cifra só considera TVs de propriedade do Grupo Globo, o montante ficaria maior se fossem agregados os valores pagos a emissoras afiliadas. Por exemplo, a RBS (afiliada da Globo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina) recebeu R$ 63,7 milhões de publicidade estatal federal de 2003 a 2014.
Outro exemplo: a Rede Bahia, afiliada da TV Globo em Salvador, que pertence aos herdeiros de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007), teve um faturamento de R$ 50,9 milhões de publicidade federal durante os 12 anos do PT no comando do Palácio do Planalto.
A TV Tem, que abrange uma parte do rico mercado do interior do Estado de São Paulo, em 4 regiões (com sedes nas cidades de São José do Rio Preto, Bauru, Itapetininga e Sorocaba), faturou R$ 8,5 milhões de publicidade estatal federal em 2014. Essa emissora é de propriedade do empresário José Hawilla, conhecido como J. Hawilla (pronuncia-se "Jota Ávila"), que está envolvido no escândalo de corrupção da Fifa.
Os dados deste post são inéditos. Nunca foram publicados com esse nível de detalhes até hoje. Os valores até 2013 estão corrigidos pelo IGP-M, o índice usado no mercado publicitário e também pelo governo quando se trata de informações dessa área. Os números de 2014 são correntes (sem atualização monetária).
A série histórica sobre publicidade do governo federal começou a ser construída de maneira mais consistente a partir do ano 2000. Não há dados confiáveis antes dessa data.
O volume total de publicidade federal destinado para emissoras próprias do Grupo Globo é quase a metade do que foi gasto pelas administrações de Lula e Dilma para fazer propaganda em todas as TVs do país. Ao todo, foram consumidos R$ 13,9 bilhões para veicular comerciais estatais em TVs abertas no período do PT na Presidência da República. As TVs da Globo tiveram R$ 6,2 bilhões nesse período.
No Jornal Nacional, Alckmin fala sobre Aécio e alianças com o Centrão
Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo
29 Agosto 2018 | 21h24
Na terceira entrevista do Jornal Nacional com os presidenciáveis nas eleições 2018, o ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, foi questionado sobre a tolerância do partido com tucanos envolvidos em casos de corrupção e confrontado com as alianças que a sigla fez para chegar ao Palácio do Planalto.
O tucano, que é presidente nacional do PSDB, foi pressionado pelos apresentadores a responder por que não tomou medidas no âmbito partidário contra o senador Aécio Neves (MG), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta prática de corrupção passiva e obstrução de Justiça no caso da delação da J&F, e o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo, preso pelos crimes de peculato (apropriação indevida de bem) e lavagem de dinheiro no caso do mensalão mineiro.