Haddad põe o pé na estrada
Fernando Haddad tem pouco mais de um mês para mostrar que não é o “Andrade”. Sua unção aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo, quando a vitimização de Lula já tinha rendido tudo o que podia render. É até provável que o PT tenha perdido uma semana de propaganda ao esticar desnecessariamente a corda.
Haddad entra em campo com o patrimônio dos bons tempos de Lula e com a bola de ferro das malfeitorias do petismo. Seus adversários negam que ele tenha presidido um país com emprego, crescimento e olho na redução das desigualdades sociais. Perdem tempo, pois o sujeito que perdeu o emprego se lembra da vida que teve. Já os petistas, inclusive Haddad, embrulham o mensalão e as petrorroubalheiras numa delirante teoria da conspiração. Também perdem tempo, pois o resultado está aí e chama-se Jair Bolsonaro.
Temer busca imagens de Afif para desmenti-lo
Coluna do Estadão
12 Setembro 2018 | 05h30
O presidente Michel Temer determinou à segurança do Planalto que levante imagens do presidente do Sebrae, Afif Domingos, entrando pela garagem do palácio na segunda, 11. O governo quer rebater versão de Afif, que disse ter sido surpreendido com a decisão de que o Sebrae dará R$ 200 milhões para financiar a criação da Agência Brasileira de Museus. As imagens mostrariam Afif se dirigindo à reunião na Casa Civil, com Eliseu Padilha, quando foi informado que patrocinaria o novo órgão, querendo ou não. Ministros dizem que ele não se opôs a ajudar.
ANÁLISE: Dia de festa para Bolsonaro no hospital
Eliane Cantanhêde, O Estado de S.Paulo
12 Setembro 2018 | 05h00
O Ibope deu uma grande notícia para Jair Bolsonaro (PSL), que cresceu seis pontos, de 20% para 26%, entre agosto e setembro, reduziu sua ainda altíssima rejeição de 44% para 41% e, em vez de perder, agora está em empate técnico com os adversários no segundo turno.
O campo da pesquisa foi sábado, domingo e segunda-feira, capitando toda a perplexidade e a solidariedade do eleitorado depois da facada contra Bolsonaro, na quinta-feira, dia 6. E, assim, ele vai cristalizando seus votos e se consolidando na dianteira da eleição.
PT inclui informação falsa em perfil de Haddad
O site da coligação presidencial do PT contém uma página biográfica sobre o substituto de Lula. “Você Conhece Fernando Haddad?”, eis o título. Na sequência, há “um resumo do que você precisa saber”. Nele, injetou-se pelo menos uma informação inverídica. Num esforço para aproximar o personagem bem-nascido dos eleitores mais modestos, anotou-se que Haddad estudou “sempre em escola pública” (veja na ilustração abaixo). Fake News!
Investigação sobre pagamento de advogados
O deputado federal Major Olímpio, candidato ao Senado pelo PSL, entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República e na OAB Nacional, solicitando investigação sobre a origem dos recursos usados para pagamento dos quatro advogados da defesa de Adelio Bispo de Oliveira, autor do atentado contra Jair Bolsonaro. “Respeito a necessidade e o direito de defesa, mas é preciso que se esclareça a verdade”, afirma.
Olímpio lembra que os advogados, todos de renome, alegaram inicialmente ter sido contratados e pagos por uma instituição religiosa e depois voltaram atrás. Dizem, agora, que trabalham só em troca da visibilidade oferecida pelo caso. “Tenho plena convicção de que houve premeditação, planejamento, indução e financiamento para a execução de Jair Bolsonaro.” / J.F.
Ciro, Marina, Alckmin e Haddad empatados em 2º
A disputa pelo segundo lugar na reta final da campanha promete ser feroz. Segundo pesquisa Ibope/Estadão/Tv Globo divulgada na noite desta terça-feira, 11, Ciro, Marina, Alckmin e Haddad estão tecnicamente empatados na disputa. De acordo com o levantamento, Ciro, do PDT, caiu de 12% para 11% das intenções de voto; Marina, do Rede, caiu de 12% para 9%, Alckmin, do PSDB, manteve os mesmos 9%, e Haddad, do PT, passou de 6% para tem 8%. Bolsonaro subiu de 22% para 26% e mantém a liderança da corrida eleitoral
O Ibope foi às ruas entre os dias 8 e 10 de setembro e ouviu 2.002 eleitores aptos a votar nesta eleição. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-05221/2018.