Bia Kicis não reconhece deputada e pede para Polícia Legislativa retirar colega de comissão
Por Gabriel de Sousa / O ESTADÃO DE SP
BRASÍLIA – A presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, deputada Bia Kicis (PL-DF), pediu para a Polícia Legislativa retirar a deputada Fernanda Pessoa (União Brasil-CE) de uma audiência que ouvia a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta quarta-feira, 9. O motivo da ordem incomum foi que Kicis não reconheceu a colega.
“Eu estava aqui observando e tem presentes que não são parlamentares. Então, eu vou pedir que se retirem ou a Polícia Legislativa vai ser chamada a conduzir amigavelmente essas pessoas. Por favor, um representante da Polícia Legislativa. Tem uma senhora de blazer rosa ali mexendo no celular. Desculpa, deputada, qual o seu nome? Desculpa, perdão. Me perdoe, deputada, eu não identifiquei Vossa Excelência (...) Confundi, peço desculpas à deputada por não ter identificado Vossa Excelência, a senhora pode se pronunciar livremente”, disse a deputada do PL.
Após perceber a gafe, Kicis tentou contornar a situação ao explicar que havia assessores e convidados que estavam participando da audiência sem permissão, e que era dever do policiamento do Congresso Nacional conduzi-las para fora. “Peço à Polícia Legislativa que fique atento e qualquer servidor ou acompanhante de fora que esteja aqui e não seja parlamentar que se retire e seja retirado do ambiente”, afirmou.
A parlamentar do Ceará disse ter ficado ofendida pelo tratamento dado a ela pela presidente da sessão. “Eu represento o Estado do Ceará, fui a deputada mais votada do nosso partido”, afirmou. “Parabéns, deputada. Já pedi desculpas, não sei mais o que posso fazer”, respondeu Kicis.
Quem é Fernanda Pessoa?
Natural de Fortaleza, Fernanda Pessoa está no seu primeiro mandato como deputada federal, após ser eleita com 121.469 votos, sendo a mais bem votada do União Brasil e a 13ª entre todos os escolhidos pelo eleitorado cearense em 2022. Entre 2011 e 2022, foi deputada na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
CPMI comunica decisão para que Flávio Dino libere imagens do 8 de Janeiro
O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), informou no início da reunião desta terça-feira (8) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou o envio à comissão de imagens das câmeras internas e externas do prédio do Ministério da Justiça no dia 8 de janeiro. A autorização foi comunicada na segunda-feira (7).
De acordo com o presidente da CPMI, o Ministério da Justiça foi informado sobre a decisão e as imagens serão encaminhadas assim que a Polícia Federal liberá-las.
— Sobre as imagens do Ministério da Justiça eu quero dizer que a decisão do ministro Alexandre de Moraes tem força de ofício e defere a entrega direta das imagens do ministério. Logo após a decisão do senhor ministro, a secretaria da comissão comunicou o Ministério da Justiça, que disse que vai entregar as imagens depois de recebê-las da Polícia Federal. Fui informado pela secretaria que o melhor para a cadeia de custódia é copiar o direito do servidor do Ministério da Justiça e que as imagens devem ser integrais. Em resposta, o Ministério da Justiça disse que quer preservar a competência do inquérito da Polícia Federal e receber as imagens diretamente do órgão.
As imagens fazem parte do inquérito que investiga os ataques ocorridos nas sedes dos palácios dos Três Poderes e que é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.
No dia 1º de agosto Arthur Maia deu 48 horas para que o ministro da Justiça, Flávio Dino, fornecesse as imagens como resposta aos três requerimentos sobre o assunto aprovados em 11 de julho. O ministro alegou que as imagens não poderiam ser encaminhadas porque são provas de inquéritos que tramitam em sigilo.
Fonte: Agência Senado
Jornalista acusa ONGs de cumprirem interesses estrangeiros na Amazônia
A CPI das ONGs recebeu, nesta terça-feira (8), o jornalista mexicano Lorenzo Carrasco, que acusou países desenvolvidos de interferência na soberania brasileira por meio de investimento em ONGs. As ideias de Carrasco foram desenvolvidas com base em seu livro “Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial”, escrito em 2001. Para ele, a mudança que o mundo sofreu com o fim da Guerra Fria não diminuiu o desejo de influência externa no Brasil.
— Qualquer ONG que recebe dinheiro de estrangeiro é uma organização de estrangeiros. Quem põe dinheiro, manda. Se as ONGs recebem dinheiro da Inglaterra, obedecem a agenda de fora. Essa estrutura se infiltrou dentro do Estado brasileiro. Há enclaves coloniais na estrutura nacional — disse Carrasco.
Segundo o jornalista, exemplos históricos de ingerência estrangeira na área ambiental estão comprovados em sua obra.
— Antes da [Assembleia] Constituinte, a embaixada canadense deu apoio logístico para interferir no capítulo de meio ambiente na Constituição Federal de 1988. Em 1989, o presidente [americano] George Bush “proibiu” o Japão de financiar a rodovia do Acre para o [oceano] Pacífico. E aí vem a ideia de Michel Rocard, primeiro-ministro da França [de 1988 a 1991], de que tem que haver na Amazônia soberania compartilhada... — exemplificou o convidado.
Exploração de recursos
O senador Jaime Bagattoli (PL-RO) lembrou que o Brasil é uma das potências do mundo na oferta de energia hidrelétrica, mas que o ramo tem sofrido resistência por atores ambientalistas.
— Tudo que o [governo] militar implantou na década de 70, “integrar para não entregar” [política de desenvolvimento e defesa nacional na Amazônia], aos poucos vem se desfazendo. E aí foi só se criando dificuldade na implantação de usinas hidrelétricas. Nenhum país do mundo tem o potencial que a gente tem.
O tema também foi mencionado por Carrasco, que vinculou as campanhas de mobilização contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, à atuação de ONGs que recebem investimentos estrangeiros e orientações ideológicas. A usina demorou décadas até suas operações serem iniciadas em 2016 por ser alvo de controvérsias ambientais.
— Quem estava contrário à [construção da usina hidrelétrica] Belo Monte? Quem patrocinou? O Centro Ecumênico de Documentação e Informação [Cedi], que se converteu no Instituto Socioambiental (ISA), que estava sendo denunciado aqui reiteradamente pelos senadores. Mas isso é só um grupo de inteligência estrangeiro. Se fundou no Brasil, mas com apoio de uma coleção de ONGs internacionais, inclusive de inteligência dos EUA, por exemplo a World Wildlife Fund [WWF]... Em 1991, 90% [da energia no Brasil] provinha do sistema hidrelétrico, que é a mais barata. Em 30 anos, teremos a segunda energia mais cara do planeta — alertou Carrasco.
O jornalista ainda acusou a Noruega de aumentar a sua produção de petróleo enquanto cria barreiras para que o mesmo não ocorra na região amazônica. O país também foi criticado pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).
— A Noruega investe no Fundo da Amazônia no Brasil para preservar, conservar... [Mas] tem participação em mineradoras na Amazônia. Parece um bom negócio deixar intacta nossa floresta, sem poder ser procurado minérios e riquezas que só alguns podem ter acesso— apontou o senador.
Ideologia
Para Carrasco, a agenda ambiental é uma ideologia que rege as relações diplomáticas desde a década de 90, baseada nas ideias de Thomas Malthus, economista e matemático britânico, considerado o pai da demografia, que viveu no século 18. Malthus apontou a insuficiência dos recursos naturais caso a humanidade superasse determinada quantidade populacional.
— Os objetivos principais [do ambientalismo] são controle direto ou indireto de recursos naturais, consolidação de um paradigma cultural contrário ao progresso e à reprodução humana e criação de estruturas supranacionais de governo mundial — afirmou, argumentando com declarações do presidente Lula em junho sobre a necessidade de maior governança mundial para que acordos climáticos sejam cumpridos.
O senador Marcio Bittar (União-AC), relator da CPI, reforçou que o “catastrofismo” dos impactos ambientais causados pelo homem é utilizado para a manutenção e o aumento do centro de poder no mundo.
— O medo faz com que as pessoas percam a razão. E nesse estágio fica fácil, a partir do medo do fim do mundo, projetar a campanha ambiental, que é uma guerra econômica, mas travestida de preocupação ambiental.
O livro Máfia Verde, escrito por Carrasco em parceria com outros dois autores, foi alvo de controvérsias ao longo dos anos por questionar a ação humana como causa do aquecimento global. A última edição da obra foi em 2017.
Fonte: Agência Senado
Comissão de Fiscalização Financeira debate supostas irregularidades no Programa Mais Médicos Fonte: Agência Câmara de Notícias
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados vai realizar, nesta terça-feira (8), audiência pública para debater supostas irregularidades no Programa Mais Médicos.
O requerimento para a realização da audiência foi apresentado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela quer discutir investigações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que teriam encontrado irregularidades na contratação de profissionais que fizeram parte do programa no passado, especialmente os médicos cubanos, feita junto à Organização Pan-Americana de Saúde.
"Também já foram identificadas, em relatórios do Tribunal de Contas da União, as referidas irregularidades nos pagamentos à Opas e atos antieconômicos decorrentes da contratação de assessores por meio de acordo de cooperação técnica. Ainda, os auditores do TCU apontaram que há fragilidade do sistema de supervisão e de tutoria do programa", acrescentou a deputada.
Foram convidados para participar da reunião, entre outros:
- o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço de Oliveira;
- o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Jeancarlo Fernandes Cavalcante;
- a ex-gestora do Programa Mais Médicos Mayra Pinheiro;
- o diretor da Auditoria Especializada em Saúde do TCU, Rafael Carneiro Di Bello;
- a secretária-executiva do Conselho Nacional Nacional de Residência Médica, Viviane Cristina Uliana Peterle.
Fonte: Agência Câmara de Notícias
Debatedores pedem políticas públicas para levar artes marciais às escolas
Debatedores defenderam nesta terça-feira (8) políticas públicas para levar as artes marciais às escolas brasileiras. O assunto foi tratado em audiência pública da Comissão do Esporte da Câmara, a pedido do deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA).
Na avaliação dos convidados, caratê, judô e outras são importantes instrumentos de formação e de inclusão social, mas é comum os instrutores trabalharem sem apoio, principalmente em comunidades carentes.
O professor Bernardino Teixeira, que desenvolve um projeto de estímulo ao judô na Secretaria de Educação do Distrito Federal, afirmou que as políticas públicas para esporte não chegam às escolas.
“Muitas vezes o professor é obrigado a tirar do bolso dele, a arrumar o espaço dele, construir o dojô [local do ensino]. Assim como eu, aqui em Brasília têm vários senseis [professores] que estão tocando projetos sociais sozinhos”, afirmou.
Apoio
O presidente da Associação Kamakura de Judô, em Irecê (BA), Antônio da Silva Jesus, corroborou a falta de apoio público para levar as artes marciais às escolas. Toninho do Judô, como é mais conhecido, coordena um projeto social para crianças em situação de vulnerabilidade. Segundo ele, o judô está dando uma nova perspectiva de vida para os alunos.
“A arte marcial faz a inclusão por meio da disciplina, dos valores e do respeito aos mais velhos. Ela proporciona às pessoas que não têm condição vislumbrar coisas que não poderiam realizar se não fosse a arte marcial”, disse.
Convênios
O deputado Márcio Marinho concordou com os palestrantes e também defendeu apoio público para o estímulo da prática das artes marciais nas escolas e comunidades. Segundo ele, é preciso investir em convênios nessa área.
“Se gasta tanto com armas, armando a população, armando o cidadão, ou até própria a polícia, e se gasta tão pouco numa arma muito mais poderosa que é a inclusão em projetos sociais”, disse Marinho.
O presidente da Comissão do Esporte, deputado Luiz Lima (PL-RJ), afirmou que as artes marciais abrem novos caminhos para as crianças. “A luta passa uma sensação para a criança, rapidamente, do que é respeito, do que é conhecer seus limites”, disse.
Projeto
Diogo Silva, assessor especial do Ministério do Esporte, afirmou que as artes marciais integram o projeto Rede de Desenvolvimento do Esporte, que visa democratizar e massificar a prática esportiva pelo País. Lançado pelo ministério neste ano, o projeto deve entrar nos estados que desenvolvem escolas em período integral, outro programa do governo.
“Estamos propondo, em todos os projetos de escola em período integral, que se tenha esporte, e que se tenha a arte marcial. Na Bahia, por exemplo, a gente quer a capoeira dentro da escola”, disse Silva, que é ex-atleta do taekwondo e medalhista de ouro em campeonatos internacionais.
Reportagem – Janary Júnior
Edição - Rodrigo Bittar
Fonte: Agência Câmara de Notícias
De Assis Diniz cobra adesão de municípios cearenses ao Sisan
Por Pedro Emmanuel Goes / ALECE
Deputado De Assis Diniz (PT) - Foto: Junior Pio
Apenas 43 municípios cearenses aderiram ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), conforme informou o deputado De Assis Diniz (PT). O parlamentar explicou, em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (08/08), que os municípios precisam aderir ao sistema ou não serão beneficiados com a execução das políticas de segurança alimentar e nutricional.
O Sisan, instituído pela Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, tem por objetivos formular e implementar políticas e planos de segurança alimentar e nutricional, estimular a integração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem como promover o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação da segurança alimentar e nutricional do País.
É um sistema público, de gestão intersetorial e participativa, que possibilita a articulação entre os três níveis de governo, assim como com a sociedade civil organizada, para a implementação e a execução das políticas de segurança alimentar e nutricional.
De Assis Diniz explicou que, para aderir ao sistema e participar de seus benefícios, é necessário que os gestores municipais criem seus Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional, e Câmaras de Segurança Alimentar e Nutricional.
“É preciso que haja uma intervenção dos secretários de agricultura dos municípios para que esses colegiados sejam criados. De outra forma, o povo será prejudicado, pois os programas federais e estaduais de combate à insegurança alimentar não chegarão aos municípios”, alertou.
O parlamentar cobrou apoio dos parlamentares, para que articulem, junto às prefeituras e gestores de seus municípios, a adesão ao Sisan.
Em aparte, os deputados Missias Dias (PT) e Larissa Gaspar (PT) reforçaram a cobrança.
Missias Dias sugeriu que a não adesão ao Sisan se dá por “desorganização” dos gestores municipais. Já Larissa Gaspar lembrou que lançou projeto de lei cujo teor é orientar os gestores municipais a criarem esses conselhos de segurança alimentar e fundos municipais voltados para essas políticas.“É preciso institucionalizar essas ações para que elas possam efetivamente chegar aos 184 municípios cearenses e a fome seja erradicada de nosso estado”, disse.
Edição: Adriana Thomasi
Missias Dias celebra inauguração de novos campi e cursos da Uece no Interior
Por Vanessa Madeira / ALECE
Deputado Missias Dias (PT) - Foto: Junior Pio
O deputado Missias Dias (PT) celebrou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (08/08), a abertura de novos cursos da Universidade Estadual do Ceará (Uece) em municípios do interior do Estado, cujas aulas inaugurais ocorreram nesta manhã, em evento com a presença do governador Elmano de Freitas (PT).
Ao todo, oito cursos foram lançados em seis campi da instituição de ensino superior. Três destas unidades estão situadas em cidades que ainda possuíam campus da Uece: Aracati, Canindé e Quixeramobim. Também recebem novas graduações os municípios de Crateús, Mombaça e Tauá.
“Olhando para o Interior, vemos a quantidade de trabalhadores que tiveram que vir para Fortaleza para estudar e trabalhar e acabaram se endividando. Muitos desistiram no meio da faculdade”, conta Missias Dias. “Esses cursos anunciados são a sinalização de que o Estado sai na frente construindo algo importante”, acrescentou.
O parlamentar destacou ainda a importância da oferta de cursos ampliada e da construção de novos campi universitários para o desenvolvimento econômico dos municípios beneficiados e adjacentes.
“Nesses territórios onde estão sendo iniciados os cursos, sabemos do avanço que isso trará para o seu crescimento. Movimenta a economia local e desenvolve essa cidade, seja pelas universidades estaduais, seja pelas federais”.
O deputado Almir Bié (Progressistas) parabenizou, em aparte, o Governo do Estado pela iniciativa de interiorizar o ensino superior, ressaltando o novo campus no município de Canindé. “Nossa região ainda não tinha tido essa conquista. Vai dar oportunidade aos filhos de agricultores de se formarem perto de casa. A gente sabe da dificuldade do homem do campo quando o filho passa na faculdade, porque tem aluguel, alimentação, e isso encarece muito. Agora, eles podem se formar, indo e voltando no mesmo dia”, salientou.
Larissa Gaspar (PT) reiterou as falas dos deputados e acrescentou elogios ao governador pelas ações no enfrentamento à violência contra a mulher. “O governo já implantou três Casas da Mulher Cearense e, em breve, a ministra das Mulheres estará aqui anunciando mais três Casas da Mulher Brasileira”.
Também em aparte, o deputado De Assis Diniz (PT) afirmou que o projeto de interiorização do ensino superior considera as necessidades de cada região cearense. “Vamos ter cursos que vão dialogar com o que o povo mais precisa, como o de Medicina em Quixeramobim, vinculado ao Hospital Regional do Sertão Central”.
Edição: Adriana Thomasi
Sérgio Aguiar destaca Conferência da União Nacional dos Legisladores
Por Giovanna Munhoz / ALECE
Deputado Sérgio Aguiar (PDT) - Foto: Junior Pio
O deputado Sérgio Aguiar (PDT) ressaltou, durante a sessão plenária presencial e remota da Assembleia Legislativa desta terça-feira (08/08), que a 26ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) será sediada no Ceará.
O parlamentar assinalou que o evento, que reúne parlamentares brasileiros, acontece de 08 a 10 de novembro, no Centro de Eventos do Ceará. “A Assembleia Legislativa será promotora e os legislativos estaduais poderão ter esse debate com a presença de ministros e demais autoridades sobre temas impactantes e relevantes como o hidrogênio verde no Ceará”, afirmou.
A necessidade de permanecer investindo na educação também foi lembrada pelo deputado. “Temos importantes projetos, como o programa de Alfabetização na Idade Certa, que nos faz ser destaque na educação”, disse. Para o parlamentar, os mecanismos tecnológicos usados em favor da educação também são um diferencial. “Os tablets doados pelo Governo do Estado que auxiliaram os alunos da rede pública, foram essenciais para o processo de educação durante a pandemia”, lembrou.
O deputado salientou ainda a descentralização do ensino superior no Estado, com a construção de universidades em diversos municípios do Ceará, fomentando a ciência e a tecnologia. Outro destaque diz respeito a escolas profissionais do Estado, que oferecerem cursos e oportunidades para os cearenses.
O parlamentar citou ainda requerimento, de autoria dele, para a construção de uma escola técnica no município de Frecheirinha, que tem um mercado rico de fabricação de peças intimas e corte e costura.
Em aparte, a deputada Jô Farias (PT) explicou que a educação é ferramenta que deixa a sociedade mais justa e mais democrática e reiterou a necessidade de permanecer investindo na educação.
Edição: Adriana Thomasi
CPI do MST ouve assentados sobre papel de líderes sem-terra e como são as invasões
Por Natália Santos / O ESTADÃO DE SP
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ouve nesta terça-feira, 8, cinco assentados com o objetivo de entender quais são as orientações dos líderes sem-terra durante as ações e como as invasões são planejadas e executadas no País. Os depoimentos podem ser acompanhados pelo canal do YouTube da Câmara dos Deputados.
Na última sessão, na quinta-feira, 3, a oposição ameaçou pela primeira vez efetuar uma prisão no colegiado, o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha. Durante oitiva, ele tentou negar apoio direto à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) nas eleições de 2018 e voltou atrás após ser confrontado com um vídeo exposto. A tática da oposição envolveu associar Rainha à esquerda e a políticos do grupo.
O líder da FNL prestou depoimento à CPI na condição de testemunha, sobre a promoção de ocupações de terra no Brasil durante o chamado “Carnaval Vermelho”. Durante a oitiva, ele se recusou a contar quais divergências o levaram a romper com o MST. “Vou levar para o cemitério”, disse. Ele afirmou ainda ter boa relação com Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda que não tenha contato recente com eles.
Na mesma sessão, Zucco provocou a parlamentar Sâmia e perguntou se ela queria “um remédio ou um hambúrguer” para se acalmar. Parlamentares viram machismo na fala do deputado. “A senhora pode ficar mais calma. A senhora respeite... A senhora está nervosa, deputada? Quer um remédio? Ou quer um hambúrguer?”, perguntou o presidente do colegiado para a parlamentar, após ele fazer um pedido para que assessores não se manifestassem durante a sessão.
A comissão também impôs uma derrota ao governo Lula, com a aprovação da convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Como mostrou o Estadão, o ex-governador da Bahia tem histórico conflituoso com o movimento e pode municiar a oposição. A Bahia é palco de diversas invasões do MST e Rui não esconde, nem de correligionários do PT nem de aliados do Planalto, sua falta de simpatia pelo grupo.
Confusão na CPMI do 8 de Janeiro tem troca de farpas, tapa na mesa e acusação de cuspe
Por Isabella Alonso Panho / O ESTADÃO DE SP
Parlamentares protagonizaram uma confusão na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que ouve o ex-ministro da Justiça Anderson Torres nesta terça-feira, 8. Depois de um discurso inflamado do deputado Marco Feliciano (PL-SP), membros da comissão discutiram por causa de um tapa que ele teria dado na mesa ao responder à senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Depois disso, o pastor acusou o senador Rogério Carvalho (PT-SE) de ter cuspido nele e a senadora pediu que “mãos bobas” e gracejos não fossem filmados durante a fala dela.
O clima na CPMI começou a ficar acalorado durante a fala de Feliciano. Ele parabenizou Torres, a quem chamou de “herói brasileiro”. O deputado fez duras críticas a “comunistas e esquerdistas”. “Se eles pudessem, matariam todos nós, conservadores. Nos colocariam em paredão de fuzilamento.”
A declaração provocou uma reação do colegiado. O presidente da comissão, Arthur Maia (União Brasil-BA), precisou intervir para pedir que os parlamentares se acalmassem. Nesse momento, Soraya questionou o pastor sobre a generalização feita no discurso. Ele respondeu: “Se a carapuça serviu...”. Neste momento, Feliciano teria batido na mesa.
Rogério Carvalho e o deputado Henrique Vieira (PSOL-RJ) se levantaram para discutir com Marco Feliciano. “Esse pessoal da esquerda, do mimimi, os mimizentos. A senadora (Soraya) pode colocar o dedo no meu nariz e eu não posso falar nada?”, questionou Feliciano.
Tanto o presidente do colegiado quanto a relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), defenderam Soraya e passaram a palavra ao deputado Duarte Júnior (PSB-MA), que abriu o discurso repreendendo o colega. “Presidente, eu gostaria só de pedir mais calma ao pastor Marco Feliciano, que simplesmente bateu aqui na mesa. Minha solidariedade à senadora.” Ao fundo da sessão, parlamentares gritaram para ele deixar de ser “covarde”. “Tenha calma. Para que o desequilíbrio? Está com medinho do quê?”, respondeu o maranhense.
Depois que Rogério Carvalho terminou de discursar, mais adiante na sessão, Feliciano interrompeu o colega e o acusou de ter cuspido nele. “Ele cuspiu em mim e disse ‘cuspirei de novo’, seu presidente.” Maia se limitou a pedir aos parlamentares que se acalmassem, mas depois atendeu o pedido do deputado do PL para que seja feita uma perícia nas imagens da sessão.
Soraya Thronicke pediu que a TV Senado fechasse a gravação nela antes de se pronunciar, para que “mãos bobas” e parlamentares “que ficam fazendo gracejos” não aparecessem na imagem dela nos registros da CPMI. “Mãos bobas e parlamentares que ficam fazendo gracejos por trás da nossa imagem enquanto falamos, atitudes vergonhosas... Não gostaria de ter essa imagem atrelada à minha quando estou falando”, pediu a senadora.
‘Aberração jurídica’
A CPMI do 8 de Janeiro ouve nesta terça-feira Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. No depoimento, quando foi questionado sobre a minuta do golpe que foi apreendida na casa dele logo após o episódio, Torres chamou o documento de “aberração jurídica”.
Relatórios da CPMI obtidos pelo Estadão mostram que, mesmo depois de receber alertas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a iminência dos ataques do 8 de Janeiro, Torres antecipou suas férias. Ele estava nos Estados Unidos no 8 de Janeiro, enquanto era secretário no DF.