Filha de deputado do PP cotado para o Ministério da Saúde critica permanência do pai no governo

A deputada estadual Maria Victoria Barros (PP-PR) fez um discursoque surpreendeu a Assembleia Legislativa do Paraná, na última quarta-feira. Defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff, criticou o partido por permanecer na base e disse ainda que discordava da posição do pai, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), de manter-se (até o momento) contra a saída da presidente. O parlamentar, que também é tesoureiro do PP, é cotado para assumir o Ministério da Saúde caso o impedimento da presidente Dilma seja barrado no Congresso. A pasta detém o maior orçamento da União, de R$ 88 bilhões, e é comandada, hoje, pelo peemedebista Marcelo Castro. Depois do rompimento com o PMDB, o governo leiloa cargos em troca de votos para barrar o impeachment. Em conversa com ÉPOCA, Maria Victoria explicou as críticas.
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O PP se comprometeu a ajudar o governo a barrar o impeachment. Você concorda?
Maria Victoria Barros - A decisão do partido é continuar na base até o julgamento em plenário. Mas aqui no estado do Paraná, a visão dos membros é diferente. Sou presidente municipal do partido em Curitiba, conversei com os pré-candidatos a vereador e com membros do estado todo e a decisão é de que não apoiaremos isso. Foi uma decisão prudente baseada no simples fato de a presidente não ter mais a menor condição de governar. A crise econômica é severa, não há perspectiva de retomada, 10 milhões de empregos foram tirados da população e eu, como jovem, tenho o dever de apelar para que haja mudança. E que essa mudança ajude a reverter as expectativas para que o país possa sair da crise.
Seu pai (o deputado federal Ricardo Barros) é uma das lideranças do partido e é cotado para assumir o Ministério da Saúde em troca de apoio ao governo. O que você acha disso?
Maria Victoria - Acho que as pessoas de uma mesma família podem pensar diferente. Acima de ser filha do meu pai, tenho pensamento próprio e represento as pessoas que me elegeram. E essas pessoas estão pedindo, implorando por uma mudança de governo, porque não tem mais cabimento continuar. E eu compartilho dessa visão. Ela condiz com o que eu penso.
Prometeram 40 votos do PP, não terão nem 12’
Filiado ao PP, um dos partidos que trocam cargos e verbas por votos no balcão do impeachment, o deputado gaúcho Jerônimo Goergen insinuou que Dilma Rousseff compra gato por lebre. Favorável ao impedimento da presidente, Goergen é um dos 32 filiados do PP investigados na Lava Jato. Discursou na comissão especial da Câmara na madrugada deste sábado (9). A certa altura, discorreu sobre o comportamento que os 46 deputados federais do PP devem exibir no plenário:
Comissão do impeachment forma maioria contra Dilma

BRASÍLIA — A comissão do impeachment já tem maioria formada contra a presidente Dilma Rousseff. Os deputados Jhonatan de Jesus (PRB-RR) e Tadeu Alencar (PSB-PE) declararam ao GLOBO, nesta sexta-feira, voto favorável ao afastamento. Segundo levantamento, o número de deputados da comissão a favor chega a 34, enquanto 20 declararam ser contra. Onze parlamentares estão indecisos. A comissão tem 65 membros titulares. A votação está marcada para a próxima segunda-feira, dia 11 de abril.
As surpresas de Cunha - FOLHA DE SP
Perderá a conta e a paciência quem se dispuser a elaborar um inventário de todas as manobras e escapadas que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), protagonizou nos últimos tempos. Deixem-se de lado os tortuosos movimentos do peemedebista e seus prepostos no Conselho de Ética, que há muito deveria ter encaminhado a cassação de seu mandato.
Estatístico prevê 72% de votos favoráveis a impeachment de Dilma
Se a votação na Câmara fosse hoje, o impeachment da presidente Dilma teria a aprovação de 72% dos deputados, indica análise estatística do professor de economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Regis Ely. Para que o processo seja aprovado, são necessários votos de 342 parlamentares, ou 67% do total.
Deputados trocam acusações em sessão de mais de 10 horas de duração
A sessão, que começou por volta das 15h30 dessa sexta-feira, 8, é marcada por calmaria no geral, salvo algumas rápidas discussões que ocorreram. Deputados pró e contrários ao impeachment se revezam em suas falas. Até 1h30 deste sábado, 37 dos 116 deputados inscritos já discursaram. A expectativa era de que a sessão fosse até 4 horas deste sábado, mesmo que todos os inscritos não conseguissem falar, mas o presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), já admitiu que poderá estendê-la até 7 horas.
Profissionais de Comunicação da AL comemoram Dia do Jornalista
Senado aprova penas mais rigorosas para infrações do Código de Trânsito
O plenário do Senado aprovou hoje (7) a Medida Provisória 699/2015 que aumenta a punição para quem utilizar veículos para bloquear vias públicas. O texto, transformado no projeto de lei de conversão (PLV 4/2016), inclui pedestres entre os que podem ser punidos. A proposta, que agora só depende da sanção da presidenta Dilma Rousseff, também traz uma série de novidades no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Sessão da Câmara no sábado e domingo não será inovação do impeachment
Deputados do PT têm dito que fugiria completamente da normalidade e que, nunca antes na história da Câmara, sessões foram realizadas no sábado e no domingo. É verdade que sessões no fim de semana são uma raridade, mas, caso a votação do impeachment aconteça no sábado e domingo, não será uma inovação. Em 1991 a Câmara trabalhou no sábado e no domingo, mais precisamente nos dias 14 e 15 de dezembro. Nas sessões, pedidos de verificação de quórum foram feitos e havia número regimental para deliberações, tendo havido até mesmo a apreciação de matérias. VEJA
Bancada do PSB declara apoio ao impeachment
A bancada do PSB na Câmara declarou apoio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na noite desta quinta-feira. A decisão foi aprovada em reunião com o presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira. Segundo o partido, o apoio ao impeachment se deu por "razões de ordem política inquestionáveis".