Impeachment caminha para ter votação expressiva no Senado
BRASÍLIA — Dilma Rousseff começou no domingo a se despedir da cadeira de presidente do Brasil. Pouco mais de um ano depois de reeleita e de 13 anos de PT no poder, a Câmara autorizou o processo de impeachment da petista por crime de responsabilidade. Isolada, sem apoio da grande maioria dos partidos de sua ampla coalizão eleitoral, Dilma dificilmente terá forças para impedir que o Senado abra o processo e a afaste do cargo, numa votação por maioria simples, nas próximas semanas. Em guerra declarada com o PMDB de seu vice Michel Temer, maior partido do Congresso, a presidente teve menos votos do que esperava o Planalto. Foi o que se viu também nas ruas por todo o país, onde as manifestações pró-impeachment reuniram mais público do que as de apoio ao governo. Não surtiu efeito sequer o esforço do ex-presidente Lula, cuja nomeação como ministro para escapar do juiz Sérgio Moro, da Lava-Jato, ajudou a agravar a crise. Temer assumirá por 180 dias assim que o Senado abrir o processo (INFOGRÁFICO: Veja como ficou o placar na Câmara). O GLOBO
Chamado de 'gângster', Cunha sai mais forte para tentar barrar sua cassação
Chamado de 'gângster', Cunha sai mais forte para tentar barrar sua cassação
Alan Marques/Folhapress | ||
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O deputado Eduardo Cunha preside a sessão da Câmara votar o pedido de impeachment de Dilma |
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi chamado de "gângster", "ladrão" e "golpista" por deputados que votaram contra a aceitação do impeachment pela Câmara. Nos cerca de dez segundos que cada um dos deputados teve, sobraram manifestações políticas contra o governo, mensagens a familiares, a eleitores, e denúncias contra o "golpe". Réu no petrolão e principal condutor do processo contra Dilma, Cunha não respondeu a ataques, como é seu costume. Em seu voto, o deputado, que é evangélico, se limitou a dizer que espera que Deus tenha misericórdia do país.
Câmara dá aval a impeachment de Dilma; Senado decidirá afastamento
A Câmara dos Deputados aprovou na noite deste domingo (17) a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Em seis horas de votação, foram 367 votos a favor e 137 contra. Ausências e abstenções somaram nove votos. O 342º voto em favor do impedimento, atingindo a barreira de 2/3 da Casa necessários para a aprovação, foi dado pelo deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). Os debates na Câmara haviam começado às 8h55 de sexta (15).
Arnon, Macedão e Adail vão ser expulsos por PTB e PP por voto contra impeachment

Ao aceitarem as vantagens oferecidas pela presidente Dilma e pelo governador Camilo Santana - através do ex-governador Cid Gomes - três deputados federais do Ceará: Arnon Bezerra(PTB), Adail Carneiro(PP) e Macedão(PP), que estiveram hoje no Planalto anunciando o voto contra o impeachment, serão expulsos de seus partidos, além de sofrer outras consequências.
A presidente nacional do PTB, deputada Cristina Brasil disse ao portal Cearanews7 que: ou Arnon vota a favor do impeachment ou está fora do partido. Ao ser expulso, perderá a presidência regional e todos os seus aliados nos 184 municípios poderão ser também ter o mesmo destino dele: a porta da rua.
Um placar realista, acompanhado na ponta do lápis: 361 votos pró-impeachment
Quem acompanha os nomes na ponta do lápis, literalmente, e tem um olhar realista sobre a votação dá o número: hoje, há 361 votos em favor do impeachment de Dilma Rousseff. Com alguma margem, chega-se a 370. O DataReinaldo prevê 359. E torce para estar subestimando o placar em algumas dezenas de deputados. São necessários 342 votos em favor do impeachment para o processo seguir para o Senado. A plantação feita ontem pelo governo não vingou. Hoje, até alguns do lado de lá já comentam: o Planalto nunca chegou a ter 171 votos. Era cascata. Que assim seja. REINALDO AZEVEDO
Atenção, deputados! - REINALDO AZEVEDO
Chegamos ao grande dia. Este 17 de abril de 2016 vai definir se um mínimo de 342 deputados expõe, com graus distintos de consciência, a real natureza do PT, ou se a farsa continuará por mais algum tempo, mas não muito. Sem querer abusar da grandiloquência, o fato é que 513 deputados optarão entre o impeachment e a desonra. Se, por qualquer razão, não se conseguirem os 342 votos, será um sinal de que pelo menos 172 parlamentares, entre “nãos” e ausências, terão escolhido a desonra. E, como poderia ironizar Churchill, terão o impeachment.
Oposição entra com queixa-crime contra Dilma e pede buscas em hotel de Lula
Liderados pelo DEM, partidos de oposição protocolam neste sábado uma queixa-crime na Polícia Federal contra a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula por compra de votos de deputados. Governadores de Estados do Nordeste que defendem Dilma e também passaram a pressionar parlamentares também devem ser acusados na peça.
Às vésperas de votação, sessão na Câmara tem bate-boca e empurrões Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/as-vesperas-de-votacao-sessao-na-camara-tem-bate-boca-empurroes-19105982#ixzz465BBUK78 © 1996 - 2016. Todos direitos reserv
BRASÍLIA – A sessão que julga o impedimento da presidente Dilma Rousseff adentrou a noite com ânimos exaltados no plenário da Câmara dos Deputados. O deputado Beto Mansur (PRB/SP), que presidia a mesa, foi obrigado a interromper a sessão diversas vezes para pedir aos deputados que mantivessem a calma e respeitassem a Casa e os demais parlamentares. Deputados trocaram ofensas e, por vezes, se aproximaram do confronto físico.
Agenor Neto denuncia indicação política no Samu de Iguatu
Dep. Agenor Neto (PMDB)Foto: Máximo Moura
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