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“Ela nunca confiou em mim”, teria dito Temer

No sábado, em viagem a Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff disparou uma de suas frases esquisitas. Não chegava a ser um cachorro atrás de uma criança, mas não era um primor de sentido, embora a gente tenha entendido aonde ela queria chegar. Mandou ver: “Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza de que ele a dará. Conheço o Temer como político, como pessoa e como grande constitucionalista”.

A gente não diz esperar confiança de alguém. Talvez ela tenha querido dizer “lealdade”, mas a palavra certa, como costuma acontecer, fugiu-lhe antes que fosse capturada pela sintaxe. Notem que a presidente evocou até a condição de constitucionalista de seu vice, como a querer dizer: “Ele sabe que o pedido de impeachment não se sustenta…”. Bem, por constitucionalista que de fato é, o peemedebista então sabe não haver nada de errado com a denúncia. Adiante.

A Folha informa nesta segunda que Temer afirmou, a pessoas que lhe são próximas, o seguinte: “Ela nunca confiou em mim”. Referia-se, obviamente, a Dilma.

 

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Se disse ou não, querem saber?, pouco importa. Uma coisa é inequívoca: a presidente, de fato, nunca confiou no seu vice. Ao contrário: mais de uma vez, fez questão de deixar claro que não confiava. A crise com a base, especialmente com o PMDB (nos tempos em que até Renan Calheiros fazia oposição), levou Dilma a entregar para Temer, em abril, a coordenação política. Em agosto, quatro meses depois, impossibilitado de trabalhar, ele entregava o cargo.

E quem opunha obstáculos à coordenação? Ninguém menos do que o então chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Os palacianos passaram a cochichar para a presidente que o vice conspirava contra ela; que atuava para tentar lhe tomar o lugar etc. E pronto! Temer entregou o cargo.

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Impeachment – Dois terços abrem um caminho na selva escura e garantem governabilidade a Temer

As pessoas têm todo o direito de ser contra o impeachment, é claro. Há quem ache sinceramente que é pior para o país porque, diz, não há alternativas à mão ao que está aí. Há quem pense que, embora legal e constitucional, a interrupção de um mandato não é coisa boa para a democracia. Contesto essas opiniões, é claro, mas as considero legítimas. O que não tolero é a mentira, é a empulhação, é a fraude argumentativa. E também a tolice. E começo por essa. Leio aqui e ali que é até bom que o processo tenha sido deflagrado já porque, se Dilma perder, Michel Temer assume, e o país sai do impasse. Se ela ganhar, aí sai fortalecida e obtém, então, licença para governar, o que o Congresso lhe estaria sonegando.

A primeira assertiva é verdadeira; a segunda é falsa como nota de R$ 3. Se Dilma perder, com efeito, Temer assume, o PMDB se une em torno de seu nome, outros partidos da base farão o mesmo, e a oposição, representada pelo PSDB, pelo DEM e pelo PPS, sabe que terá de dar apoio político ao novo presidente, ainda que não venha a participar do governo — mas nem isso deve ser descartado. Havendo esse caminho, cresce a possibilidade de uma chapa PSDB-PMDB em 2018.

 

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Se, no entanto, Dilma vencer, é uma fraude intelectual e lógica afirmar que ela sai fortalecida para governar, podendo, então, vamos dizer assim, impor o seu ritmo. E é fácil demonstrar por quê.

O governo precisa de apenas 171 votos para barrar o impeachment — ou, se todos votarem “sim” ou “não”, 172. Isso quer dizer que Dilma pode continuar no Palácio do Planalto contando com o apoio de apenas um terço dos deputados. E olhem que um terço contra o impeachment nem mesmo quer dizer, depois, um terço em favor de propostas do governo.

Notem: os dois terços que são necessários na Câmara para Temer assumir — 342 votos — constituem, por si, uma boa base para garantir a governabilidade; o um terço de que precisa Dilma para barrar o impeachment só pode lhe garantir a continuidade da crise.

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Bahia tenta salvar ferrovia bilionária

Ferrovia Oeste-Leste começou a ser construída em 2010 e tinha conclusão prevista para 2013; hoje se fala em 2018, com orçamento saltando de R$ 4,3 bi para R$ 6,5 bi - Dida Sampaio/Estadão

André Borges - O Estado de S.Paulo.

Governo abre mão de novo porto para concluir a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), que já consumiu R$ 3 bi e está quase paralisada

Em mais uma tentativa para salvar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e colocar de pé ao menos um pedaço do projeto, o governo da Bahia decidiu abrir mão, pelo menos por enquanto, da construção do Porto Sul, um complexo de R$ 5,6 bilhões que pretendia construir em uma praia isolada, no litoral norte de Ilhéus (BA). Agora, o plano é fazer com que o traçado final da ferrovia seja redirecionado para o atual Porto de Malhado, que está localizado no centro de Ilhéus. O plano está quase fechado e, conforme apurou o Estado, já foi tema de reunião entre o governador da Bahia, Rui Costa, e o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues.

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Benesses fiscais dobram no governo Dilma

Alexa Salomão - O Estado de S.Paulo

Neste ano, o total de benefícios fiscais vai representar 6,5% do Produto Interno Bruto, mais que o triplo da média que prevaleceu ao longo das décadas de 80 e 90

Baseados em alguns dados e em uma certa percepção, economistas mais críticos à política econômica de Dilma Rousseff dizem que ela exagerou na concessão de benefícios fiscais. Sob a sua gestão teriam proliferado benesses que reduziram a arrecadação e criaram contas futuras bilionárias para o Tesouro Nacional. A percepção estava certa. O ‘Estado’ teve acesso, em primeira mão, a um estudo que quantifica o tamanho da conta. De 2011, ano em que Dilma assumiu, a 2015, os benefícios fiscais dobraram: passaram de R$ 209 bilhões para R$ 408 bilhões. No ano que vem, vão a R$ 419 bilhões.

A maior parte desses benefícios, 75% do total, é constituída pelos gastos tributários: cortes de impostos e contribuições – renúncias de arrecadação – que levam à redução da receita da União (ler mais ao lado). Neste ano, em que o governo está no vermelho e ameaçou não pagar até as contas de água e luz, serão R$ 309 bilhões que não vão entrar no caixa.

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Saída de Padilha — Temer mandou um recado: não forcem a corda porque arrebenta

O que significa a saída de Eliseu Padilha do Ministério da Avião Civil? Ora, o óbvio: que o PMDB de Michel Temer não aceita, e não tem por que aceitar, imposições. Mais: não é bom puxar muito a corda. Ou arrebenta. Desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, admitiu a denúncia contra a presidente, Temer tem sido alvo de um assédio ensandecido para atrelar o seu destino ao da presidente. Trata-se de uma estupidez autoritária. Afinal, caso ocorra o impeachment, é ele a alternativa de poder. Se, do ponto de vista político, não se pode cobrar de ninguém que cometa suicídio, do ponto de vista institucional, é uma temeridade queimar os navios.

Chamei atenção aqui para o fato: Jaques Wagner, ministro da Casa Civil, ousou até botar palavras da boca do vice, sem sua expressa autorização, como se este também não tivesse sido eleito e não tivesse seu próprio espaço de trânsito político.

 

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Uma coisa é esperar que o vice atue para acalmar tensões; outra, distinta, é querer que ele seja mero instrumento da eventual sobrevivência de Dilma. Isso não existe em política. Ah, sim: ele também não é do PT. Não creio que haverá uma debandada do PMDB. Acho apenas que o partido respondeu ao jogo agressivo do governo movendo uma peça do tabuleiro, obrigando Dilma e seus fanáticos a recuar. Não custa lembrar: em agosto, os palacianos botaram Temer fora da coordenação política. Acharam que o governo ficaria melhor sem ele. Querer que ele se converta em camicase em homenagem a Dilma é realmente de uma incompetência e de uma arrogância que honram esse governo. REINALDO AZEVEDO

Alunos com bom desempenho esperam prêmio há dois anos

A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) vai adquirir cerca de 50 mil notebooks para premiar estudantes da rede pública que atingiram desempenho satisfatório nas provas do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2013, 2014 e 2015. Estudantes reivindicam a entrega de equipamentos que estão atrasados desde 2013.

Segundo nota divulgada pela Seduc, o atraso na entrega se deu por causa do processo licitatório. Atualmente, o certame está na Procuradoria Geral do Estado (PGE), aguardando a publicação do edital no Sistema de Licitações. A nota ainda explica que não foi possível realizar a entrega dos equipamentos em 2013 devido à legislação eleitoral vigente (Lei 9.504 de 30 de setembro de 1997), que impede a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública durante o período eleitoral (2014).

Cerca de 17 mil alunos que atingiram a pontuação necessária para receber o prêmio em 2013 aguardam a entrega dos equipamentos. Alana Maria, 19, é uma das estudantes premiadas e sente-se “lesada” pela demora, pois precisa do aparelho para realizar seus estudos. Ela destaca que, mesmo residindo atualmente no Rio de Janeiro, quer receber o computador, pois é um direito dela. OPOVO

A história se repete, 23 anos depois

Dois de setembro de 1992. O pedido de impeachment contra o então presidente Fernando Collor, assinado por Barbosa Lima Sobrinho, era acolhido pelo presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro. Enquanto o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a popularidade de Collor se deteriorava, manifestantes ocupavam as principais avenidas do País em favor de sua saída e o Planalto dava demonstrações de que não sabia como mudar o panorama desfavorável. No Congresso, Collor não sabia mais distinguir aliados de inimigos políticos. No dia 29 daquele mês, dois terços da Câmara aprovavam a abertura formal do processo de impeachment. O resto da história, todos sabem. Collor renunciou antes mesmo de o Senado concluir pelo seu afastamento.

COLLOR-01-IE.jpg DESCEU A RAMPA Ao lado da mulher Rosane, Collor deixava o Planalto em 29 de dezembro de 1992. Dilma corre o risco amargar  o mesmo infortúnio

O cenário guarda semelhanças com o momento vivido hoje pela presidente Dilma Rousseff. Com a base política em frangalhos, Dilma, assim como Collor, terá de enfrentar um processo de impeachment em meio a uma crise econômica brutal. Em 1992, o ambiente inflamável embalava as manifestações de rua, exatamente como agora. Àquela altura, Collor amargava um índice de aprovação de apenas 9%, o mesmo ostentado por Dilma hoje.

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Capitão Wagner e Vitor Valim lideram pesquisa da disputa pela Prefeitura de Fortaleza

CAPITAO                                    
Pesquisa estimulada do Instituto Paraná, divulgada nesta quinta-feira (3), mostra os deputados Capitão Vagner (PR) e Vitor Valim (PMDB) na liderança dos números em uma eventual disputa a Prefeitura de Fortaleza nas eleições do próximo ano. Em terceiro aparece o atual prefeito Roberto Cláudio (PDT). O levantamento foi realizado entre os dias 21 a 24 de novembro e ouviu 703 eleitores.

Confira os números

Se as eleições para prefeito da cidade de Fortaleza fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem o sr. votaria?

Capitão Wagner - 17,0% Vitor Valim - 13,5% Roberto Cláudio - 13,0% Heitor Ferrer - 12,6% Moroni Torgan - 11,6% Luizianne Lins - 10,9% Renato Roseno - 4,2% Carlos Matos - 0,6% Não sabe - 7,0% Nenhum - 7,5%

A pesquisa também ouviu os eleitores sobre um eventual segundo turno na disputa a Prefeitura de Fortaleza, em dois cenários. Confira os números:

01 - Em um eventual segundo turno entre Roberto Cláudio e Capitão Wagner, em quem o sr. votaria para prefeito da cidade de Fortaleza?

Capitão Wagner - 51,1% Roberto Cláudio - 26% Não sabe - 11,1% Nenhum - 11,9%

02 - Em eventual segundo turno entre Roberto Cláudio e Vitor Valim, em quem o sr. votaria para prefeito de Fortaleza

Vitor Valim - 49,8% Roberto Cláudio - 27,2% Não sabe - 11,0% Nenhum - 12,0%

O universo desta pesquisa abrange os eleitores do município de Fortaleza maiores de 16 anos. Para a realização desta pesquisa foi utilizada uma amostra de 703 eleitores, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, grau de escolaridade e posição geográfica. O trabalho de levantamento dos dados foi feito através de entrevistas pessoais durante os dias 21 a 24 de novembro de 2015, sendo acompanhadas 19,9% das entrevistas. A Paraná Pesquisas encontra-se registrada no Conselho Regional de Estatística da 3ª e 6ª Região sob o nº 3122/15 e é filiada à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - ABEP desde 2003. Tal amostra representativa do município de Fortaleza atinge um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de 4,0% para os resultados gerais. CEARÁ NEWS 7

Defensores públicos fazem vistoria em hospital universitário

DIVULGAÇÃO DPU            
                          
Os defensores públicos visitaram o Walter Cantídio ontem
A Defensoria Pública da União (DPU) vistoriou ontem o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, unidades do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC). Defensores concluíram que o principal problema das unidades é a falta de insumos.

Segundo a direção do Complexo Hospitalar, o atraso no repasse de verbas seria o motivo da carência. Na última terça-feira, 1º, o reitor da UFC, Henry Campos, anunciou o ressarcimento de R$ 5,9 milhões, em verbas atrasadas, pelo Ministério da Saúde. O montante é referente a setembro e deve suprir as demandas pelos próximos dois meses.

O defensor Walker Pachêco constatou que a problemática enfrentada pelos hospitais é “sistêmica” e que a redução dos serviços “é inaceitável”.  “Não foram verificados problemas com relação aos transplantes. Foi uma interrupção de procedimentos mais pontuais, que poderiam esperar”, concluiu.

A defensoria deve realizar, na próxima quinta-feira, 10, audiência pública para ouvir entidades médicas e pacientes sobre os problemas enfrentados pelo Complexo Hospitalar. Caso haja novos atrasos nos pagamentos, prejudicando o atendimento aos pacientes do HUWC e da Meac, a DPU afirma que entrará com uma ação civil pública para garantir a manutenção dos serviços com a força de uma decisão judicial. OPOVO

Dilma diz estar indignada e alfineta Cunha ao dizer que não possui conta no exterior

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 2, que razões que fundamentam pedido de impechmeant de seu mandato são “inconsistentes e improcedentes” e se declarou “indignada” com a decisão do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que decidiu acolher os requerimentos de afastamento da petista. Em curto pronunciamento, ela ainda alfinetou Cunha ao afirmar que não possui conta no exterior e nunca ocultou patrimônio pessoal. O presidente da Câmara, que deu andamento ao pedido de impeachment nesta quarta-feira, é alvo de investigações pela Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato por supostamente possuir contas na Suíça das quais seria beneficiário. “Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e inquestionável compromisso com as leis e as coisas públicas”, disse Dilma.

“São inconsistentes e improcedentes razões que fundamentam este pedido (de impeachment). Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim, não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público existência de de bens pessoais. Nunca tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses”, declarou a presidente.

Beatriz Bulla, Carla Araújo e Isadora Peron - O Estado de S.Paulo

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