O duelo - João Domingos, O Estado de S.Paulo
João Domingos, O Estado de S.Paulo
15 Setembro 2018 | 03h00
Há um bom tempo, antes mesmo de Lula ser preso, o PT chegou à conclusão de que o adversário mais vulnerável no segundo turno seria o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Portanto, todas as ações do partido deveriam ser feitas de forma a desconstruir candidatos como Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede), até que sobrassem apenas o PT e o candidato do PSL.
Só para se ter uma ideia de como os petistas trabalharam para que esse cenário ocorresse, reproduz-se a orientação de um estrategista da campanha do PT à militância do partido, feita há cerca de dois meses: “O ex-capitão Jair Bolsonaro é o candidato mais execrável, mas não o nosso inimigo principal. Há uma operação em curso para criar uma onda de ‘unidade nacional’ contra o neofascista, tentando viabilizar a recuperação de uma candidatura da centro-direita, do partido golpista. Nosso inimigo principal chama-se Geraldo Alckmin. O neofascista Jair Bolsonaro é o candidato que preferimos enfrentar em eventual segundo turno, até porque deixa as elites do Brasil sem máscara nem maquiagem.”
Pesquisa Datafolha de 14 de setembro para presidente por sexo, idade, escolaridade, renda e região
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) apurou os percentuais de intenção de voto para presidente da República.
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S. Paulo".
No 7 a 1 de Lula, Lewandowski confiscou a bola
Lula impõe ao Supremo uma rotina emocionante. Pelo roteiro que a Corte traçara inicialmente, o julgamento que poderia resultar na liberação do presidiário petista seria concluído à meia-noite desta sexta-feira. A bola rolava no plenário virtual. Voto vai, voto vem chegou-se a um placar alemão de 7 a 1 contra Lula. Quando o jogo parecia jogado, Ricardo Lewandowski confiscou a bola e zerou o painel. Graças a essa movimentação companheira, a partida terá de ser remarcada, dessa vez no campo aberto do plenário físico do Supremo, com transmissão da TV Justiça.
Derretimento de Marina reduz a três os candidatos a adversário de Bolsonaro
A nova pesquisa do Datafolha consolida a liderança de Jair Bolsonaro (26%), confirma o derretimento de Marina Silva (8%) e sinaliza uma ascensão fulminante de Fernando Haddad (13%). Nessa configuração, Bolsonaro bloqueia uma vaga no segundo turno. E a disputa pela segunda vaga restringe-se agora a três candidatos: Haddad, Ciro Gomes (13%) e Geraldo Alckmin (9%).
Disputa presidencial segue rumo à polarização entre extremos ideológicos
A 23 dias da eleição, a corrida presidencial continua em aberto, mas com a tendência de uma polarização entre os candidatos que representam os extremos ideológicos.
De um lado, o líder nas pesquisas de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL), representando a direita, e de outro, Fernando Haddad (PT) ou Ciro Gomes (PDT), representando a esquerda, que aparecem empatados com 13% das intenções de votos, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14).
Bolsonaro vai a 26%; Haddad e Ciro têm 13%, diz pesquisa
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 14, revela que Jair Bolsonaro (PSL) oscilou dois pontos porcentuais para cima e chegou a 26% das preferências na campanha presidencial das eleições 2018. Fernando Haddad (PT) avançou de 9% para 13% e ficou com a mesma taxa de Ciro Gomes (PDT), que permaneceu com o índice do levantamento anterior.