Cristovam vai para o PPS de olho no Planalto em 2018

Senador Cristovam Buarque deixou o PDT e agora passa a integrar os quadros do PPS; o nome do parlamentar já está cotado para ser o candidato dos pós-comunistas na disputa presidencial de 2018; sobre este ponto, Cristovam disse que a possibilidade existe, mas que "agora, não vou para o PPS com o compromisso de ser candidato"; ele também atacou o projeto do PDT de lançar o ex-ministro Ciro Gomes como candidato ao Planalto, o que poderia abrir espaço para uma aliança com o PT; "Ciro é o Maluf do PT, já que os militares apoiaram Maluf no fim da ditadura para continuar no poder com um civil", disse; PORTAL 24-7
'Janela partidária' será promulgada depois da eleição de líder do PMDB
O presidente do Senado, Renan Calheiros, marcou para 18 de fevereiro a solenidade de promulgação de emenda constitucional que abre a "janela partidária" – estabelece o prazo de 30 dias para que detentores de mandatos troquem de partido sem o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. A emenda, que integrava a proposta de reforma política na Câmara, foi aprovada no fim ano passado. Hoje, a troca de partido sem risco de perda de mandato só é permitida se o parlamentar se transferir para um partido novo, recém-criado. Isso justifica o fato de o Partido da Mulher Brasileira, criado no fim do ano passado, já ter 23 deputados. Agora, haverá a liberdade para a escolha por qualquer partido já existente.
Por trás da data estabelecida por Renan para a promulgação da lei, há um forte ingrediente político: será um dia depois da data marcada pelo PMDB para eleger o seu líder – partido em que há disputa entre Leonardo Picciani, da ala mais próxima ao governo, e Hugo Motta, cuja candidatura é patrocinada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Portanto, nenhum dos candidatos poderá atrair novos deputados para a bancada do PMDB com a finalidade única de definir a eleição do líder.
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Estudo diz que ataques a adversários em campanhas beneficiam candidato
Na campanha presidencial de 2002, quando convenceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar a linha "paz e amor", o publicitário Duda Mendonça popularizou a expressão "quem bate perde". A expressão se tornou uma espécie de mantra do marketing político brasileiro, ao considerar que a campanha negativa prejudica o candidato que ataca —o chamado "efeito bumerangue". Um novo livro mostra, no entanto, como a presidente Dilma Rousseff teria jogado essa máxima por terra, ao vencer eleições sem poupar ataques aos rivais. Em "Quem bate perde? — Os efeitos afetivos dos spots eleitorais de TV no Brasil" (editora Autografia), o cientista político Jairo Pimentel Jr. analisa os impactos da propaganda eleitoral negativa no voto. O foco da pesquisa são os spots de TV, peças publicitárias de curta duração (15, 30 ou 60 segundos) veiculadas no meio da programação das redes, fora do horário eleitoral obrigatório. E a conclusão é que, sim, quando testado e aplicado de forma correta, o ataque traz dividendos ao candidato que opta pelo "jogo sujo".
"Após 2014 o staff da campanha de Dilma, sobretudo (o marqueteiro) João Santana, perdeu o medo de usar campanha negativa dada a experiência de 2010", disse Pimentel Jr. à BBC Brasil.
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