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De Assis Diniz rebate as críticas feitas à segurança pública no Ceará

Por Waldyh Ramos / ALECE

 

Deputado De Assis Diniz (PT) - Foto: Paulo Rocha

 

O deputado De Assis Diniz (PT) rebateu, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), realizado na manhã desta quarta-feira (25/10), as críticas feitas ontem, no Plenário 13 de Maio, à segurança pública do Estado, em particular ao crime organizado e às facções criminosas.

Segundo o parlamentar, é preciso separar as questões factuais, mesmo que sejam importantes, como o crime que aconteceu na areninha no bairro Barroso, em Fortaleza, na última segunda-feira (23/10), quando um adolescente de 14 anos foi morto durante uma aula de futebol, do que acontece com o avanço do crime organizado. 

O parlamentar observou que é importante perceber a cronologia do que ocorre no Ceará, na Bahia e no Rio Grande do Norte, porque a origem de tudo isso está nos grupos milicianos, que se apoderaram da estrutura do Estado brasileiro. “O crime organizado no Rio de Janeiro se estruturou e passou a tecer suas redes para o Nordeste e para o Norte. E hoje essa realidade nos causa perplexidade, porque o aparato está contaminado”, afirmou.

No Ceará, como lembrou De Assis Diniz, o crime organizado tentou colocar um tijolo da organização criminosa, mas o Governo do Estado tem trabalhado para destruir esses tijolos. No entanto, tudo isso tem uma causa, segundo o deputado. Ele disse que, em um vídeo divulgado do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele faz uma afirmação textual de que a milícia é um bem para a sociedade e que existe para garantir a paz no comércio. “A afirmação mostra que tivemos um presidente vinculado ao crime organizado. É na base da milícia que os grupos criminosos se alimentam”, destacou.

Durante quatro anos assistimos, segundo o deputado, à crescente liberação de registros de armas para o colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC). Ele informou que os CACs poderiam ter armamento pesado porque a primeira coisa que o ex-presidente fez foi tirar do Exército o poder de fiscalizar os CACs, fazendo com que se espalhassem os clubes de atiradores por todo o Brasil. “Não basta imputar aos governantes as consequências. Temos que mostrar a causa de tudo isso”, pontuou. 

O deputado informou que o Ceará tem enfrentado essa questão que envolve a segurança pública e lembrou que, no próximo sábado (28/10), o governador Elmano de Freitas vai inaugurar o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp), o maior investimento do setor no Estado. Ele acrescentou ainda que o Ceará é referência na saúde, educação, agricultura, saneamento e, agora, na segurança pública. “O Ceará não produz cocaína nem maconha, chega aqui por outras fronteiras. Também não produz armamento, chega de outros estados. É verdade que temos que enfrentar o crime organizado. Mas não se pode apontar com o dedo fazendo ilações subjetivas para vincular nossos dirigentes a esses fatos”, destacou.

De Assis disse ainda que é “preciso reconhecer” o que fizeram Camilo Santana, Cid Gomes e a sequência de bons governos que tivemos, e não querer acabar com a imagem do Ceará, que é hoje orgulho nacional.

Em aparte, o deputado Missias Dias (PT) também reforçou a necessidade do debate sobre a segurança pública, mas disse que é necessário ver tudo o que envolve a situação hoje e não querer culpar alguém. “É preciso ter prudência, para não apontar o dedo. É preciso dizer que o eu fiz naquele momento, quando se estava querendo derrubar viadutos aqui no Ceará. O governador Elmano está fazendo a coisa certa e o governador Camilo Santana na época fez a coisa certa”, afirmou. 

Edição: Adriana Thomasi

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