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Castanhão, Banabuiú e Orós: saiba como será usada a água dos 3 maiores açudes do Ceará até junho

Nícolas Paulino  / diarionordeste

 

Em reunião na manhã desta quarta-feira (21), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e os Comitês de Bacias Hidrográficas definiram as vazões do uso da água para os três maiores açudes do Ceará: Banabuiú, Orós e Castanhão. A operação emergencial dos reservatórios para o período 2024.1 vale de fevereiro até junho.

Nesse primeiro semestre, quando há chuvas no Ceará, os Comitês estabelecem um teto máximo para a operação. Na prática, a liberação da água dos açudes funciona como um complemento para que não haja escassez no abastecimento.

Após junho, acontecerá a Reunião de Alocação Negociada de água dos reservatórios monitorados pela Companhia. Confira, abaixo, as vazões aprovadas para o período 2024.1:

 

BANABUIÚ

O sistema Banabuiú terá vazão de 1000 l/s, sendo 950 litros por segundo  para perenização (continuidade) do rio e 50 litros por segundo para a bacia hidráulica (entorno do rio). Este reservatório teve uma variação positiva de aproximadamente 1 milhão de metros cúbicos entre o volume simulado e o constatado, em 2023. Atualmente, conforme o Portal Hidrológico, o açude acumula 36,4% da capacidade.

 

ORÓS

A vazão aprovada para o Orós durante o primeiro semestre de 2024 foi de 2.000 litros por segundo para atender às regiões próximas. Em 2023, o açude teve variação positiva de aproximadamente 13,64 milhões de m³/s entre o volume simulado e o realizado. Hoje, o segundo maior reservatório do Estado tem 50,5% da capacidade.

CASTANHÃO

Como o Diário do Nordeste já noticiou, o maior açude cearense - atualmente com 23% da capacidade - voltará a transferir água para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) após 5 anos, via Eixão das Águas.

A reunião da Cogerh aprovou vazão de 14 m³/s, sendo 7,5m³/s para o Vale do Jaguaribe (perímetros irrigados e rio) e 6,5 m³/s para a RMF - mesmo volume liberado da Transposição do Rio São Francisco, que deve chegar ao Castanhão na primeira semana de março.

Com o reforço das águas do Velho Chico, "a ação representa mais segurança hídrica para a RMF, tendo em vista o prognóstico climático de maior probabilidade de chuvas abaixo da média e a atual situação do sistema hídrico metropolitano, cuja acumulação gira em torno de 52% da capacidade total", explica a Cogerh.

 

POUCA RECARGA

Conforme a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o Prognóstico Climático Quadra Chuvosa de 2024 aponta que o trimestre de fevereiro a abril  deve ter cenário de pluviometria 45% abaixo da média histórica, fato que pode refletir na recarga dos reservatórios.

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