Bolsonaro recebe prefeitos no Rio e promete mais autonomia para recursos
RIO - O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) recebeu a visita de uma comitiva de prefeitos na tarde desta terça-feira, 23 em sua casa no Rio. O grupo formado por 17 integrantes foi entregar um documento que registra o apoio formal de 3.639 prefeitos brasileiros. No total, o País conta atualmente com 5.570 municípios. Depois dos prefeitos, uma índia Xingu se encontrou com o candidato.
Aos prefeitos, Bolsonaro prometeu que haverá mais autonomia para gerir recursos caso ele seja eleito no próximo domingo. "Vão parar as intermediações. O recurso deve sair direto de Brasília para o tesouro municipal. Os prefeitos é que vão fazer suas licitações, cuidar da sua relação, e a sociedade local que vai controlar", afirmou o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador de campanha do presidenciável e anunciado para a chefia da Casa Civil em um eventual governo Bolsonaro.
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Haddad diz que teme pessoas que 'sairão dos porões' se Bolsonaro ganhar
Roberta Pennafort e Denise Luna, O Estado de S.Paulo
23 Outubro 2018 | 14h00
O candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à presidente da República, Fernando Haddad, disse que, ao contrário do ex-adversário Ciro Gomes (PDT), não vai deixar o País se Jair Bolsonaro, candidato do PSL e líder nas pesquisas de intenção de votos vencer o pleito, mas admitiu, brincando, que também vai chorar.
Em sabatina no jornal O Globo, Haddad afirmou que mais do que a vitória de Bolsonaro, teme as pessoas que "sairão dos porões" se ele for eleito. "A gente tem medo do que vem com ele, ele próprio é um soldadinho de araque", afirmou a jornalistas. "Eu vou lutar em qualquer circunstância, mesmo sendo ameaçado", completou, afirmando não temer tanto o candidato, mas as pessoas "que vão sair dos porões" junto com o Bolsonaro, que já declarou admirar torturadores.
"Regimes autoritários criam fantasmas para vender uma vacina que não existe, temo muito o que pode acontecer se ele vencer, lamento inclusive por vocês (jornalistas) que vão perder a liberdade de expressão", avaliou.
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Em cerimônia, militares se dizem 'desrespeitados' com fala de Haddad sobre Venezuela
Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo
23 Outubro 2018 | 13h16
Oficiais generais presentes à cerimônia do Dia do Aviador, realizada na Base Aérea de Brasília, nesta terça-feira, se disseram "desrespeitados" com declarações do candidato Fernando Haddad (PT) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, 22.
Na ocasião, o candidato do PT foi questionado se não via como um erro colocar o seu partido como uma única opção para a democracia. Haddad rebateu dizendo que seu adversário "incita a morte de pessoas". "O filho dele (Eduardo Bolsonaro), na Avenida Paulista, disse que vai declarar guerra à Venezuela. Ele nem conhece a situação das Forças Armadas.
A Venezuela tem condições bélicas superiores a do Brasil", disse Haddad. "Para o Brasil declarar guerra e mandar jovens brasileiros morrer na fronteira com a Venezuela ou pede ajuda para um império internacional, provavelmente os americanos, para quem ele bate continência, ou nós vamos mandar jovens brasileiros pobres provavelmente para morrer em um conflito que não é o nosso", completou.
Os militares presentes na cerimônia, que preferiram falar na condição de anonimato, disseram se sentir "ofendidos" e "desrespeitados" com a fala do candidato.
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