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Ciro discorda da estratégia do PT de levar candidatura de Lula às últimas consequências

Marcelo Osakabe, O Estado de S.Paulo

27 Julho 2018 | 17h58

O pré- candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse nesta sexta-feira discordar da estratégia do PT de manter, mesmo que sub judice, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até as últimas consequências. Para o ex-governador, a tática "não respeita o momento grave" que o País está passando.

"Penso que a estratégia do PT não respeita o momento grave que a população brasileira está passando. Se for correto o senso comum que a lei da ficha limpa vai prevalecer, o que está se promovendo é um grande teatro para comover o povo brasileiro e lá na véspera da eleição, o Lula eleger outro presidente por procuração", disse. "E o Brasil aguenta outro presidente por procuração?"

Ciro Gomes
Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência Foto: Dida Sampaio/Estadão

As declarações foram feitas na entrevista que o ex-governador do Ceará concedeu ao programa Hora do Voto, da TV Gazeta, que será exibido no domingo, 29, às 23 horas. Nele, Ciro reiterou ser "nenhuma" a chance de aliança com o PT no primeiro turno, dada a estratégia traçada pelas suas lideranças. Ele ainda procurou desfazer um "mal entendido" ocorrido ontem, durante a convenção estadual do PDT, em que disse ser "antagônico" a Lula. "Quando digo que sou antagônico a Lula, não é que sou adversário, é que ele é candidato e eu também sou", completou.

Ciro, que tem acumulado polêmicas em torno de críticas ao Judiciário, disse ser favorável à Lava Jato, que observou ser "benfazejo" no sentido de combater a impunidade. "O que eu condeno são os abusos. O procurador não pode chamar a imprensa e fazer uma execração publica de algo que está sob judice através de um power point como foi feito. Aquele domingo com seis decisões judiciais foi uma baderna, é anarquia", notou. "O que disse que é que, se for eleito chefe do Estado Brasileiro, vou, em conjunto com o Judiciário, devolver cada poder ao seu talante."

PDT quer esperar por alianças para eleição

Após a gravação do programa, em rápida conversa com o Broadcast Político, o pedetista negou que o seu partido - que ainda não anunciou nenhum aliança para o plano nacional este ano - esteja avaliando opções dentro para a sua vice dentro da própria legenda. Ciro ainda reiterou que vai esperar pelo apoio do PSB até o limite das convenções, 5 de agosto, mas sinalizou que não haverão outros acenos, como o dado ontem, quando o PDT declarou apoio a Marcio França em São Paulo. "Tudo o que precisava ser feito já foi feito", disse. 

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